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Alimentação pode ajudar a controlar doença auto-imune

02 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Não comer pão, diminuir a gordura e acrescentar óleo de peixe à dieta podem ajudar a controlar doenças como artrite reumatóide, lúpus ou esclerose múltipla, em que o sistema imunológico do organismo ataca seus próprios tecidos, sugerem pesquisadores.

Esses e outros remédios nutricionais vêm sendo apresentados como recursos que ajudam a controlar essas doenças auto-imunes, destacou Shari Lieberman durante o 8o. Congresso Internacional de Tecnologias Anti-Envelhecimento e Biomédicas, em Las Vegas, Estados Unidos.

Lieberman, da Escola de Nutrição Humana da Universidade de Bridgeport, em Connecticut, apresentou uma revisão de estudos documentando os efeitos de mudanças alimentares e suplementos nutricionais em diversas doenças auto-imunes.

"O que torna os pães de Nova York tão gostosos é que o grão foi geneticamente modificado para aumentar a quantidade do glúten. Isso torna o pão mais macio, mas também acrescenta uma quantidade enorme de glúten no sistema", explicou Lieberman.

Citando um estudo em que pacientes com artrite reumatóide melhoraram com uma dieta sem glúten -- sem trigo, centeio, aveia ou cevada -, Lieberman apresentou resultados similares com os pacientes que trata.

A pesquisadora disse que dietas com pouca gordura, com 20 gramas ou menos de gordura por dia, ajudam pessoas com lúpus, esclerose múltipla, esclerodermia e artrite reumatóide.

Em um estudo de 34 anos com pacientes com esclerose múltipla sob essa dieta, 95 por cento sobreviveram e continuaram fisicamente ativos. A falta de continuidade da dieta, mesmo após cinco a dez anos de adesão, reativou os sintomas, afirmou Lieberman.

De acordo com a pesquisadora, o óleo de peixe é outro recurso importante. Cientistas descobriram que o óleo de peixe é benéfico em diversas doenças, incluindo a artrite reumatóide, o lúpus, a psoríase e a osteoartrite.

"Enquanto as mudanças alimentares, como cortar o glúten, dão resultados rápidos a pacientes com artrite reumatóide, os suplementos podem levar três meses ou mais. À medida que a inflamação diminui naturalmente, normalmente os pacientes podem reduzir seus medicamentos e, ao longo do tempo, alguns podem parar de tomá-los definitivamente", explicou Lieberman.

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