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Brasil: Pancadas na Cabeça Podem Aumentar Riscos do Mal de Alzheimer

São Paulo, 13 de Dezembro de 2000(eHLA). Idosos que sofreram graves ferimentos na cabeça, durante a vida adulta, correm risco maior de sofrer do mal de Alzheimer, disseram pesquisadores do Instituto Nacional para os Idosos (NIA), dos Estados Unidos, e da Duke University, no estado da Carolina do Norte. Quanto mais severo o golpe ou o ferimento na cabeça, maior é o risco de ter a doença, concluíram os especialistas que divulgaram o resultado de sua pesquisa na revista norte-americana Neurology.

Os pesquisadores disseram não saber o motivo pelo qual, biologicamente, existe uma separação de até 50 anos entre os ferimentos e a doença, mas acrescentaram que seus estudos mostram que o mal de Alzheimer desenvolve-se num processo longo e progressivo. "Entender como o ferimento na cabeça e outros fatores de risco começam seus trabalhos destrutivos pode levar à descoberta de meios para interromper o processo do mal de Alzheimer em seus estágios iniciais", acrescentou a doutora Brenda Plassman, da Duke University, que participou do estudo.

Os cientistas analisaram informações médicas de veteranos da Segunda Guerra Mundial, que serviram na Marinha e no Corpo de Fuzileiros Navais e foram hospitalizados com ferimentos na cabeça. Posteriormente, os cientistas examinaram voluntários desses grupos para ver quem tinha Alzheimer. O risco de ter a doença ou outras formas de demência era o dobro nos homens com ferimentos moderados na cabeça, e quatro vezes maior naqueles que sofreram graves ferimentos na cabeça.

O Mal de Alzheimer é uma doença que geralmente ataca idosos caracteriza-se pela perda de funções de algumas áreas do cérebro. “O acúmulo de grandes placas tóxicas de proteína nos neurônios prejudica a atividade cerebral, resultando num tipo de demência e alienação” afirma João Toniolo Neto, professor de geriatria da Universidade Federal de São Paulo. Não há uma cura definitiva do Alzheimer. Existem remédios que podem amenizar os sintomas da doença. As drogas anticolinesterásicas são capazes de melhorar a transmissão entre as células mortas. Mais recentemente, medicamentos derivados de crinas vegetais também têm sido capazes de reduzir os sintomas.

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