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Brasil: Infecção Hospitalar Preocupa Profissionais de Saúde

São Paulo, 24 de Novembro de 2000(eHLA). A infecção hospitalar é um freqüente e grave problema que os hospitais enfrentam em seu cotidiano e que pode contribuir para o aumento da morbidade, letalidade, tempo de internação, custos, além da ameaça constante da disseminação de bactérias multiresistentes. Um relatório parlamentar apresentado na Inglaterra divulgou que cerca de 5.000 pacientes morrem a cada ano de infecções adquiridas em hospitais britânicos, custando aos cofres do NHS (Serviço Nacional de Saúde) até US$ 1,4 bilhão. O fato de muitos funcionários da saúde não lavarem as mãos é uma grande parte do problema. “Apesar de todas as descobertas no campo da microbiologia e no fascinante mundo dos antibióticos, passando pelo avanço tecnológico, nada é mais atual do que o gesto simples de lavar as mãos, como medida primordial que embasa todos os demais procedimentos em busca de segurança e do bem-estar do paciente” , alerta Dra. Glória Maria de Andrade, Coordenadora do Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar.

Em 1983, o Ministério da Saúde publicou a portaria 196, exigindo a criação e normatização de um órgão específico dentro do hospital para prevenir e controlar o problema. Surgem então as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). A mais recente portaria, no 2.616 de 12 de maio de 1998, mantém a obrigatoriedade da manutenção das CCIHs em hospitais com mais de 200 leitos com pelo menos dois profissionais de nível superior da área, sendo que um dos membros executores deve ser preferencialmente um enfermeiro. “As infecções hospitalares são o maior desafio para todos os que participam do atendimento à saúde. Seguramente, dados epidemiológicos colocam-nas como uma das principais causas de óbito, encarecendo consideravelmente os custos relacionados ao atendimento”, explica Dr. Antonio Tadeu Fernandes editor do livro - Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde. De acordo com o especialista, entre as medidas preventivas, um número maior de quartos individuais ajudaria, assim como mais enfermeiros de controle de infecção em cortes cirúrgicos depois da alta do paciente.

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