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Aumentam casos de doenças virais transmitidas por insetos em 2019 no Brasil

06 de setembro de 2019 (Bibliomed). Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (Ministério da Saúde), para o ano de 2019, foram registrados 290.889 casos prováveis de dengue, chikungunya (até a SE 12) e Zika (até a SE 11). Em 2018, no mesmo período, foram registrados 100.858 casos prováveis. Observa-se um incremento de 282% no número de casos prováveis em 2019, quando comparado ao mesmo período ano anterior.

Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, vários fatores estão contribuindo para essa situação. Possivelmente aliada a fatores ambientais (calor intenso, com chuva intermitente), há também um grande número de pessoas sem imunidade contra sorotipos de dengue circulantes. Outra contribuição importante para esse número elevado em 2019 é a alta prevalência de Aedes aegypti nas principais regiões do país. Ainda existe uma alta prevalência do sorotipo DENV-2 no Sudeste, enquanto várias áreas do Nordeste enfrentam uma epidemia do sorotipo DENV-1.
 
Até o final do outono, os casos ainda estão se multiplicando no Brasil, o que é outro motivo de preocupação entre os profissionais de saúde e pesquisadores. Com a chegada do inverno, especialistas dizem que há uma desaceleração na epidemia. Espera-se que haja uma redução acentuada no número de casos.

Em 2019, houve mais casos de dengue com sinais de alarme, dengue grave e óbitos, o que provavelmente se deve à predominância do sorotipo DENV-2 na maior parte do país. Este sorotipo tem maior potencial para gravidade, além de ter circulado pouco nos últimos anos, havendo assim um maior número de indivíduos suscetíveis à infecção por esse sorotipo.

Fonte: Boletim epidemiológico – Secretaria de Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde.

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