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Redução do volume cerebral em portadores de esclerose múltipla e uso de sinvastatina independe do efeito no nível de colesterol

12 de julho de 2019 (Bibliomed). Os efeitos benéficos da sinvastatina sobre os desfechos clínicos e atrofia cerebral em pacientes com esclerose múltipla (EM) são completamente independentes dos níveis de colesterol, de acordo com um estudo publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences.

Investigadores do University College London avaliaram se a redução dos níveis de colesterol desempenha um papel nos efeitos da sinvastatina sobre a atrofia cerebral e incapacidade na esclerose múltipla secundária progressiva através da aplicação de modelos computacionais para os resultados do Multiple Sclerosis-Simvastatin Trial. Os participantes (140 pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva aleatoriamente designados para receber sinvastatina ou placebo) foram submetidos à ressonância magnética cerebral no início da pesquisa e após um e dois anos.

Os pesquisadores descobriram que, ao desconstruir o efeito total do tratamento em efeitos indiretos, a sinvastatina teve um efeito direto (independente do colesterol sérico) na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS), que explicou 69% do efeito geral do tratamento. A atrofia cerebral foi responsável por 31% do efeito total do tratamento no EDSS.

Isto sugere que os efeitos benéficos da sinvastatina na EM são independentes do seu efeito na redução dos níveis de colesterol periférico, implicando um papel para os metabolitos intermediários além da via de síntese do colesterol.

Fonte: PNAS. 2019. 116 (22) 11020-11027.

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