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Sexting adolescente pode ser parte de experiências sexuais exploradoras

22 de junho de 2018 (Bibliomed). A assim chamada prática do Sexting (a divulgação de conteúdos eróticos e sensuais através de celulares) entre adolescentes está associada com abuso sexual, com maior vitimização em meninas e violência por parceiro íntimo em meninos, de acordo com um estudo apresentado na reunião anual das Sociedades Acadêmicas Pediátricas, realizada de 5 a 8 de maio de 2018 em Toronto, Canadá.

Pesquisadores do Hospital Infantil de Montefiore, em Nova York, e colegas examinaram a correlação entre sexting com abuso sexual, violência por parceiro íntimo (VPI), uso de drogas e prisão entre 588 meninos e meninas com idade entre 14 e 17 anos anos vivendo em uma comunidade extremamente pobre. Dados de 555 participantes foram incluídos na análise.

Os pesquisadores descobriram que 20% e 24% (respectivamente) dos meninos e meninas haviam enviado um sext, 45% e 44% já haviam feito sexo, 25% e 28% usaram maconha no ano passado e 6% e 10% relataram perpetração de VPI, respectivamente. Em comparação com os meninos, as meninas foram mais propensas a terem sido abusadas sexualmente, foram vítimas de VPI e apresentam sintomas depressivos moderados/graves. Em comparação com as meninas, os meninos eram mais propensos a terem sido presos. Correlações independentes por ter enviado um sext foram encontradas com terem sido abusadas sexualmente, perpetração de VPI, já tiveram relações sexuais, nunca foram presas, usaram maconha no ano passado, idade avançada e "outra raça/etnia" para meninos. Para as meninas, foram observadas correlações independentes por terem sido abusadas sexualmente, vitimização por VPI e já terem tido relações sexuais.

"Essas descobertas sugerem que o sexting adolescente pode ser parte de um continuum de experiência sexual exploradora", escrevem os autores.

Fonte: PAS 2018 Meeting, Toronto, Canadá.

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