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Dieta com baixo teor de gordura pode melhorar a sobrevida de pacientes com câncer de mama

18 de junho de 2018 (Bibliomed). As pacientes com câncer de mama que adotaram uma dieta com baixo teor de gordura tiveram maior probabilidade de sobreviver por pelo menos uma década após o diagnóstico, em comparação com as pacientes que ingeriram mais alimentos com gordura, indica uma nova pesquisa.

Como já verificado anteriormente, os dados do estudo da Women's Health Initiative (WHI) já haviam descoberto que as mulheres que usavam uma dieta com baixo teor de gordura tinham menores possibilidades de desenvolver formas mais agressivas de câncer de mama. Porém, qual seria o efeito de tais dietas na sobrevivência após um diagnóstico de câncer de mama?

Para responder a esta pergunta, pesquisadores analisaram os dados da WHI de quase 49 mil mulheres na pós-menopausa acompanhadas em 40 centros clínicos nos Estados Unidos.

As mulheres foram escolhidas aleatoriamente para manterem sua dieta regular (e que continha um terço ou mais de energia diária fornecida por gorduras) ou para adotar um regime com mais frutas, vegetais e grãos integrais, onde menos de 20% das necessidades diárias de energia eram provenientes de gordura. Durante os 8,5 anos do estudo da dieta, 1.764 mulheres desenvolveram câncer de mama. Os resultados dessas mulheres foram acompanhados por uma média de 11,5 anos após o diagnóstico.

No geral, a sobrevivência das mulheres que usavam um regime de baixo teor de gordura foi 22% maior em comparação às mulheres que continuaram com a dieta habitual.

Em relação à ocorrência de morte pelo câncer de mama, das 516 mulheres que morreram por qualquer causa, 68 no grupo de dieta com pouca gordura morreram de câncer de mama, em comparação com 120 no grupo de dieta regular, disseram os pesquisadores.

Assim, este estudo encontrou mais um benefício para a saúde ao ingerir uma dieta com baixo teor de gordura e mais frutas e vegetais. O estudo demonstra que as mulheres na pós-menopausa em uma dieta de baixo teor de gordura que foram diagnosticadas com câncer de mama viveram mais.

Fonte: JAMA Oncology.