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Leite materno pode transmitir composto da maconha

23 de maio de 2018 (Bibliomed). Baixas concentrações de delta-9-tetrahidrocanabinol são transferidas da cannabis inalada para o leite materno de mulheres que consomem maconha regularmente, de acordo com um estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology.

Investigadores da Texas Tech University, em Amarillo coletaram amostras de leite materno de oito mulheres que consumiam cannabis regularmente, estavam de dois a cinco meses em período após o parto e amamentavam exclusivamente seus bebês. As amostras foram recolhidas após a interrupção da cannabis durante 24 horas (linha de base) e depois aos 20 minutos e uma, duas e quatro horas após o consumo de um produto padronizado de cannabis.

Os pesquisadores descobriram que o delta-9-tetrahidrocanabinol foi detectado em baixas concentrações em todos os momentos além do tempo zero, mas nenhum metabólito foi detectado em nenhum momento. Dadas as taxas de transferência de delta-9-tetrahidrocanabinol, lactentes que ingeriram exclusivamente leite materno apresentavam uma média estimada de 2,5% da dose materna ou 8 µg/kg/dia por criança.

Segundo os autores, o efeito neurocomportamental a longo prazo da exposição ao delta-9-tetrahidrocanabinol no cérebro em desenvolvimento não é claro. Mas as mães deveriam ter cautela ao usar cannabis durante a gravidez e amamentação.

Fonte: Obstet Gynecol. DOI: 10.1097/AOG.0000000000002575.

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