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Partos na água podem resultar em infecções graves

10 de novembro de 2017 (Bibliomed). Uma menina recém nascida no Canadá desenvolveu uma infecção potencialmente letal após o parto em uma banheira de hidromassagem. A menina nasceu a termo e era saudável no nascimento. Contudo, ela foi hospitalizada oito dias depois com febre alta, desnutrição e agitação, e foi internada na unidade de terapia intensiva (UTI) quando apresentou falência de múltiplos órgãos.

A bebê nasceu em uma banheira de hidromassagem no lar, sob a supervisão de uma parteira. A banheira havia sido preenchida três dias antes do nascimento, uma prática que pode levar a um aumento nas concentrações de bactérias na água, como Legionella, que prospera a temperaturas de 20 a 42 °C.

Ela foi diagnosticada com sepse, uma resposta imune à infecção com a bactéria Legionella pneumophila, que penetrou na corrente sanguínea. Este caso exemplifica uma das consequências adversas graves e fatais do nascimento subaquático quando o ambiente não for corretamente esterelizado. Embora o preenchimento de uma hidromassagem imediatamente antes do parto possa reduzir o risco, podem ocorrer infecções graves em recém-nascidos cujo sistema imunológico está ainda enfraquecido.

A bebê, após vários testes, recebeu antibióticos para tratar a infecção e começou a melhorar. Passou cinco semanas com ventilação na UTI antes de sair do hospital.

O trabalho de parto na água pode ajudar as mães a aliviar a dor, diminuir a necessidade de anestesia e acelerar o primeiro estágio do trabalho, antes que o colo do útero esteja completamente dilatado e o bebê esteja em posição de nascer. Entretanto, médicos nos Estados Unidos e Grã-Bretanha desencorajam partos aquáticos devido a um risco aumentado de contaminação e também aconselham que as banheiras não devem ser preenchidas antecipadamente.

As banheiras aquecidas são especialmente perigosas. A água quente é um ambiente ideal para reproduzir os germes. O número real de complicações nos recém-nascidos através dos nascimentos na água é desconhecido porque não há estudos populacionais sobre o assunto. No entanto, as complicações registradas são suficientemente graves para médicos não recomendarem partos aquáticos.

Fonte: Canadian Medical Association Journal

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