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Novembro Azul: ênfase no combate ao câncer de próstata

01 de novembro de 2016 (Bibliomed). O “Novembro Azul” surgiu na Austrália em 2003 e foi celebrado no Brasil pela primeira vez em 2008. Focado especificamente na saúde do homem o movimento ressalta a importância do diagnóstico precoce no combate ao câncer de próstata que é o segundo tipo de câncer de maior incidência nos homens, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma.

De acordo com números do INCA – Instituto Nacional do Câncer, cerca de 61.200 novos casos são estimados para 2016. Em todo o mundo o câncer de próstata é o sexto tipo mais comum e representa cerca de 10% do total de cânceres, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde.

“Os homens, em geral, procuram o médico quando já estão num quadro avançado da doença o que dificulta o tratamento. Mas se for detectado precocemente a possibilidade de cura é muito grande. A principal causa dessa demora é cultural, por constrangimento ou vergonha, principalmente para os casos de exames na próstata”, explica Dr. Sergio Ajzen, Professor Titular do Departamento de Diagnóstico por Imagem da (EPM-Unifesp) e Conselheiro da FIDI.

No estágio inicial geralmente não existem sintomas para o câncer de próstata, mas nos quadros avançados alguns sintomas podem aparecer como a micção frequente acompanhada de dor ou ardor, alteração na frequência urinária e diminuição da força do jato da urina, impotência, sangue no líquido seminal, fraqueza ou dormência nas pernas e pés e perda do controle da bexiga ou intestino devido à pressão do tumor sobre a medula espinhal.

Histórico familiar também deve ser levado em conta e o médico deve ser comunicado para indicar a realização dos exames necessários. Antecedentes familiares, como pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de três a dez vezes comparado à população em geral.

“Um dos principais fatores de risco para casos de câncer de próstata é a idade e a evolução do tumor depende de cada caso, sendo lenta na maioria dos casos, porém, podendo ser agressiva e se espalhar rapidamente. Mais de 60% dos casos acontecem em homens a partir dos 65 anos de idade. Esse número deve crescer proporcionalmente ao aumento da expectativa de vida população”, comenta Dr. Sergio.

O diagnóstico também é feito por meio do toque retal e de exame de sangue, conhecido como PSA (Prostate Specific Antigen) - em português Antígeno Prostático Específico - e a combinação destes com a ultrassonografia transretal é o que apresenta os melhores resultados para o diagnóstico precoce do câncer da próstata.

Com o avanço dos métodos diagnósticos alguns exames podem revolucionar a maneira de detecção da doença como a elastografia e ressonância magnética multiparamétrica. “Um melhor aprofundamento no entendimento do comportamento biológico e genética dos cânceres, promoverá também a utilização de biomarcadores séricos e na urina”, diz o Dr. Sergio que acredita em estratégias mais efetivas de diagnósticos em um futuro próximo. “Dessa maneira poderemos definir melhor as populações de alto risco e trabalhar a prevenção nesses pacientes específicos”.

É possível prevenir o câncer de próstata. Veja algumas dicas:

- Procurar ter uma dieta rica em verduras, legumes, grãos, frutas e cereais integrais.

- Consumir alimentos com licopeno, pigmento avermelhado presentes em vegetais e frutas como pimentão vermelho, tomate, melancia, goiaba, rabanete entre outros, que auxiliam no combate ao câncer de próstata.

- Alimentos com selênio, mineral com um alto poder antioxidante encontrado na castanha do Pará, ovos, farinha de trigo, frango, arroz, feijão, entre outros, também são uma boa opção.

- Evitar a ingesta de gorduras, principalmente de origem animal.

- Manter um peso saudável que esteja adequado à altura.

- Praticar atividades físicas (recomendado pelo menos 30 minutos por dia).

- Diminuir ou evitar o consumo de álcool.

- Não fumar.

- Realizar exames de rotina a partir dos 50 anos.

- Caso tenha antecedentes familiares, realizar exames de rotina a partir dos 40 anos.

Fonte: Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem

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