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Recebendo incentivos financeiros para parar de fumar

14 de outubro de 2016 (Bibliomed). Os incentivos financeiros podem aumentar as taxas de cessação do tabagismo, de acordo com um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology.

O estudo envolveu 805 fumantes de baixa renda que queriam parar de fumar. Os indivíduos foram distribuídos aleatoriamente para receber nenhum pagamento ou pagamentos que aumentavam de maneira incremental, em caso de abstinência confirmada. Em média, os participantes tinham uma renda anual de cerca de US$ 20.000 e fumavam cerca de 16 cigarros por dia. Quarenta e três por cento eram estudantes e 19% estavam desempregados. Todos os participantes receberam cartilhas de instrução e acesso a um site com informações sobre a cessação. Eles foram testados periodicamente para verificar se haviam ou não parado de fumar.

Embora muitos participantes retomaram o tabagismo e 81 desistiram do estudo (principalmente aqueles não pagos), os pesquisadores descobriram um número significativo dos que foram pagos que foram bem sucedidos. Três meses após o programa, 44,4% dos fumantes que receberam pagamento disseram que tinham sido continuamente abstinentes, em comparação com 6,4% das pessoas não pagas. Mesmo depois de os pagamentos de incentivo terem cessado em seis meses, aqueles que foram pagos para deixar de fumar eram mais propensos a se manter sem cigarros. Aos seis meses, 35,9% do grupo pago ainda não tinha fumado, em comparação com 5,7% dos outros. Aos 18 meses, um em 10 (9,5%) que receberam pagamento ainda não tinham fumado versus 3,7% daqueles que não foram pagos.

Apesar do custo, os pagamentos podem ser uma alternativa produtiva para determinados fumantes. Pagar os fumantes para que deixem de fumar é uma estratégia interessante, pelo menos no curto prazo.

Fonte: J Am Coll Cardiol. 2016;68(8):777-785.

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