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Estudo confirma predileção do Zika vírus pelo sistema nervoso

11 de fevereiro de 2016 (Bibliomed). Desde 2015, as Américas Central e do Sul, e o Caribe vem apresentando casos de infecção pelo vírus Zika (ZIKV), e mais alarmante tem sido a associação desta infecção aos nascimento de crianças com microcefalia.

Estudo publicado na revista The New England Journal of Medicine relatou um caso de gestante que contraiu Zika no final do primeiro trimestre de gestação, apresentando os sintomas clássicos da doença: febre e erupções cutâneas. A mulher estava no Brasil quando contraiu a doença, mas se mudou para a Eslovênia. Uma ultrassonografia realizada com 29 semanas de gestação revelou microcefalia com calcificações no cérebro fetal e na placenta. Após a mãe pedir a interrupção da gravidez, foi realizada uma autópsia fetal.

Foi observada microcefalia (cérebro anormalmente pequeno), com agiria quase completa (má formação cerebral), hidrocefalia e calcificações distróficas multifocais no córtex e substância branca subcortical, com deslocamento cortical associado e inflamação focal leve.

O ZIKV foi encontrado no tecido cerebral fetal através do ensaio da reação reversa da transcriptase-polimerase (RT-PCR), com os resultados sendo consistentes em microscopia eletrônica. O genoma completo do ZIKV foi recuperado a partir do cérebro do feto.

Não foi detectada a presença do vírus e nem outras alterações patológicas em outros órgãos além do cérebro, o que sugere uma forte predileção do vírus por se alojar no sistema nervoso.

Fonte:   The New England Journal of Medicine. February 10, 2016. DOI: 10.1056/NEJMoa1600651.    

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