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Prescrição de Antibiótico é Alta na Emergência de Hospitais

NOVA YORK (Reuters Health) - Mesmo em meio ao problema crescente de infecções resistentes a drogas, médicos do serviço de emergência de hospitais dos Estados Unidos estão contribuindo para o problema ao prescrever antibióticos de maneira inadequada, revela uma nova pesquisa.

Resultados de um levantamento nacional na em serviços de emergência mostra que durante o período de um ano médicos plantonistas deram antibióticos a um quarto dos pacientes que tinha nada mais que um gripe.

A gripe é causada por vírus e antibióticos não conseguem combater vírus.

A pesquisa descobriu ainda que a prescrição de antibióticos para infecções respiratórias virais por médicos de prontos-socorros é uma prática rotineira.

O uso disseminado e inadequado de antibióticos permite que bactérias se tornem familiares às drogas e adquiram, através da mutação, outras formas que as drogas não conseguem combater. E a prescrição de antibióticos para gripe dá condições ideais para mutações bacterianas.

As descobertas de Susan Stone, do Centro de Ciências de Saúde, da Universidade de Colorado, em Denver, e sua equipe estão publicadas na edição de outubro de Annals of Emergency Medicine.

De acordo com os pesquisadores, em 1996 cerca de 2,7 milhões de norte-americanos procuraram o setor de emergência de hospitais devido a gripe e outras infecções respiratórias.

Entre pessoas com bronquite, mais de 40 por cento receberam antibióticos, assim como um quarto daquelas com gripe ou infecções respiratórias superiores.

Médicos residentes tendiam menos do que médicos mais experientes a indicar inadequadamente o uso de antibióticos. Segundo Stone e sua equipe, isso pode ser devido à maior consciência de médicos jovens ao problema de resistência a antibióticos.

Os cientistas destacam, no entanto, que médicos e pacientes ainda estão mal informados em relação ao valor dos antibióticos. De acordo com o estudo, muitos médicos "consideram a satisfação do paciente igual a uma prescrição de antibióticos".

Para Stone e sua equipe, no entanto, os antibióticos estão longe de uma cura completa.

"A menos que reduzamos nosso uso de antibióticos, vamos enfrentar a expectativa de custos mais altos, maior morbidade e taxas de morte mais altas por infecções bacterianas comuns", concluem os pesquisadores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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