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Liga Brasileira de Epilepsia se posiciona sobre a liberação do Canabidiol pela Anvisa

16 de janeiro de 2015 (Bibliomed). A Liga Brasileira de Epilepsia – LBE e o Departamento Científico de Epilepsia da Academia Brasileira de Neurologia – ABN solidariza-se com os familiares que conseguiram melhorar a qualidade de vida de seus filhos com o uso de canabidiol (CBD) e compartilha deste momento de mudança pelo qual estamos passando, após a autorização da prescrição pelo médico especialista assistente e a mudança de sua classificação pela ANVISA, o excluindo da lista de substâncias proibidas.

Diante da repercussão na mídia, gostaríamos de enfatizar alguns pontos importantes para esclarecimento ao público e usuários do CBD:

1.Que é reconhecida a ação terapêutica do CBD para epilepsias de difícil controle, porém evidências atuais não são sugestivas de efeito benéfico em todas as formas de epilepsia refratária. A resposta pode ser excelente em alguns casos, apenas uma melhora parcial em outros ou ausência de resposta em alguns pacientes, como observado com os fármacos antiepilépticos disponíveis no mercado.

2.Que não dispomos para importação de um produtoSEGUROfabricado por laboratório farmacêutico, e sim de um grupo heterogêneo de diferentes formulações do CBD facilmente disponíveis no mercado internacional pela internet com variadas apresentações e concentrações (em pasta oleosa, líquido, 14%, 18.5%, 21%, 35%)NÃO HAVENDOQUALQUER EVIDÊNCIA DE EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA ENTRE OS MESMOS!

3.Que os estudos realizados nos Estados Unidos por Dr. Orrin Devinsky, sob aprovação do FDA, utiliza o EPIDIOLEX® fabricado pela GW Pharmaceuticals, uma empresa britânica. Este fármaco foi disponibilizado exclusivamente para pesquisas clínicas e ainda não está disponível para uso comercial.

4.Que ocorre efeitos adversos com o uso do canabidiol (sonolência, fadiga, perda ou ganho de peso, diarréia, diminuição ou aumento do apetite), assim como interação com outros fármacos antiepilépticos, principalmente com o clobazam que aumenta os seus níveis séricos em até 10%.

5.Que o CBD não é uma terapia de primeira escolha, sendo adjuvante a todos os outros fármacos utilizados pelo paciente.

6.Esperamos que num futuro próximo tenhamos uma posição melhor desenhada e cientificamente respaldada, da real aplicabilidade do CBD no cenário das epilepsias intratáveis.

Fonte: Release Wordpress. São Paulo, 15 de janeiro de 2015.

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