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Fator de Coagulação é Associado a Doença Cardíaca

NOVA YORK (Reuters Health) - Pessoas com fatores de risco para doenças do coração, como peso acima do ideal, fumo e diabete, tendem a ter níveis mais altos do fator de coagulação sanguínea conhecido como fibrinogênio, segundo pesquisadores.

Os níveis excessivos da proteína podem ser a ligação entre esses fatores de risco e os efeitos potencialmente fatais das doenças cardíacas, de acordo com estudo publicado na edição de outubro do Circulation: Journal of the American Heart Association.

O fibrinogênio aumenta a aderência das células que participam da coagulação, torna o sangue mais espesso e promove a formação de fibrina, proteína filamentosa que produz os coágulos.

Os ataques do coração geralmente ocorrem quando um coágulo sanguíneo se forma em artérias obstruídas por placas de gordura.

No estudo, os pesquisadores chefiados por James J. Stec da Escola de Medicina de Harvard, em Boston (Massachusetts), mediram os níveis de fibrinogênio em mais de 2.600 pessoas, incluindo cerca de 300 pacientes cardíacos.

Os pesquisadores verificaram que a proteína é mais alta nos pacientes com doenças cardíacas assim como nos portadores dos tradicionais fatores de risco para a doença como obesidade, fumo e colesterol alto.

Conforme Valentin Fuster, porta-voz da American Heart Association (AHA), esse estudo é o maior a observar os fatores de risco para doença cardíaca associados ao fibrinogênio.

A pesquisa "ampliou o que se sabia a partir de estudos menores", Fuster disse à Reuters Health.

Conforme Fuster, a AHA não recomenda que os pacientes sejam submetidos a testes de fibrinogênio, porque o risco para doença cardíaca em conseqüência do fribrinogênio não supera outros fatores como obesidade, diabete, fumo e colesterol elevado.

"Esses fatores podem ser controlados com mudanças de comportamento que geralmente causam grande impacto nos níveis de fibrinogênio, que diminuem", disse Fuster em entrevista.

"Como é muito difícil modificar os níveis de fibrinogênio no sangue por meio de drogas, só recomendamos os testes de fibrinogênio se não existirem outros fatores de risco", explicou Fuster.

Sinopse preparada por Reuters Health

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