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Estatinas podem ter um efeito positivo na epilepsia

29 de abril de 2014 (Bibliomed). As estatinas são medicamentos amplamente usados par reduzir as taxas de do organismo através da ação de uma enzima no fígado. Entre elas podemos citar a sinvastatina, a atorvastatina, pravastatina e a rosuvastatina.

As estatinas apresentam propriedades anti-inflamatórias e anti-epilepsia em modelos animais, e podem reduzir o risco de epilepsia em seres humanos idosos; no entanto, um possível papel modulador sobre o resultado em pacientes com estado de mal epiléptico (status epilepticus) não foi ainda avaliado. O Status Epilepticus é um distúrbio grave, que pode causar lesões cerebrais sérias ou até mesmo a morte. Ele é definido como um padrão de crises convulsivas generalizadas recorrentes com duração de cerca de 5 minutos intercaladas por períodos muito breves de alívio parcial.

Quanto mais tempo o estado durar, maior o risco de lesões cerebrais permanentes. Em mais de 1/3 dos pacientes, o Status Epilepticus é a primeira manifestação da epilepsia. Agora, um novo estudo publicado na revista European Journal of Neurology avaliou 427 pacientes, dentre os quais a informação sobre uso de estatinas estava disponível em 413 (97%). A média de idade foi de 60,9 (± 17,8) anos. As estatinas (sinvastatina, atorvastatina ou pravastatina) foram prescritos antes da admissão em 76 (18%) indivíduos, em sua maioria idosos.

Enquanto 208 (50,4%) pacientes retornaram à linha de base, 58 (14%) morreram. Após o ajuste para fatores preditores de resultados estabelecidos SE (idade, etiologia, SE escore de gravidade), as estatinas estiveram significativamente correlacionadas com menor mortalidade. Os pesquisadores concluíram que o uso de estatina foi associado com uma redução significativa na morte após estado de mal epiléptico.

Fonte:  European Journal of Neurology . Article first published online: 29 MAR 2014
DOI: 10.1111/ene.12428

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