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Descoberta correlação entre religiosidade, anatomia do cérebro e depressão

13 de março de 2014 (Bibliomed). Estudos anteriores relataram um risco de depressão 90% menor em adultos filhos de mulheres deprimidas, quando estes relataram que a religião ou a espiritualidade eram muito importantes em suas vidas.

Os achados de estudos anteriores de imaginologia cerebral nessas famílias de alto risco também revelaram grandes extensões de afinamento cortical em toda a superfície lateral do hemisfério cerebral direito.

Um novo estudo, publicado na revista JAMA Psychiatry buscou determinar se os adultos de alto risco que relataram alta importância da religião ou espiritualidade tinham córtices mais espessos do que aqueles que relataram importância moderada ou baixa de religião ou espiritualidade.

Verificou-se que a importância da religião ou espiritualidade, mas não a frequência de comparecimento à igreja, foi associado com córtex mais espesso nas regiões parietal e occipital esquerdo e direito, o lobo frontal mesial do hemisfério direito, independente do risco familiar. Além disso, os efeitos dessa importância sobre a espessura cortical foram significativamente mais fortes no grupo de maior risco do que no grupo de baixo risco, particularmente ao longo da parede mesial do hemisfério esquerdo.

Ainda, notou-se que estes resultados são correlacionais e, portanto, não provam uma associação causal entre a importância religiosa e a espessura cortical. Concluiu-se que o córtex mais espesso associado a uma alta importância da religião ou espiritualidade pode conferir resistência ao desenvolvimento de doença depressiva em indivíduos com alto risco familiar para depressão maior, possivelmente através da expansão de uma reserva cortical que contraria, em certa medida, a vulnerabilidade que o afinamento cortical representaria.

Fonte: JAMA Psychiatry. 2014;71(2):128-135.

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