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Novo exame de sangue pode detectar Alzheimer precocemente

11 de março de 2014 (Bibliomed). De acordo com um grupo de pesquisadores norte-americanos, um teste de sangue pode prever as possibilidades de desenvolvimento de Alzheimer em pessoas saudáveis com uma precisão de até 90%.

Desenvolvido na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, o teste identifica 10 lipídios presentes no sangue, cujos níveis poderiam prever o início da doença.

O responsável pelo estudo, Dr. Howard J. Federoff, acredita que o teste poderá estar pronto para uso em estudos clínicos em apenas dois anos. O pesquisador explica que o sangue oferece um potencial para identificar as pessoas em risco de declínio cognitivo progressivo, o que pode mudar hábitos de vida a fim de otimizar a prevenção.

O estudo envolveu 525 participantes saudáveis ​, com idade igual ou superior a 70 anos, que deram amostras de sangue mediante inscrição e em vários pontos do estudo. Ao longo de cinco anos, 74 participantes preencheram os critérios para tanto a doença de Alzheimer leve ou uma condição conhecida como transtorno cognitivo leve amnésico, em que a perda de memória é proeminente.

Um painel de dez lipídios foi capaz de distinguir com precisão de 90% em dois grupos distintos: os participantes cognitivamente normais que iriam evoluir para o comprometimento cognitivo leve amnésico ou doença de Alzheimer dentro de dois a três anos; e aqueles que permaneceram normais dentro deste mesmo período.

Anda não há cura ou tratamento eficaz para a doença de Alzheimer. Dr. Federoff explica que muitos estudos já buscaram desenvolver medicamentos para retardar ou reverter a progressão da doença, mas todos falharam. A razão para isso pode estar no fato de as drogas terem sido avaliadas muito tarde no processo da doença, e com a descoberta do painel de lipídios, essas poderias ser tratadas mais rapidamente.

"Nós consideramos nossos resultados um passo importante para a comercialização de um teste pré-clínico biomarcador da doença que poderia ser útil para a triagem em larga escala para identificar os indivíduos em risco", diz.

Os resultados foram publicados na revista Nature Medicine.

Fonte: UPI, 10 de março de 2014

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