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Tratamento do HIV pode falhar

05 de dezembro de 2013 (Bibliomed). O tratamento do HIV é eficaz na maioria dos casos, mas ele pode falhar, mesmo em pessoas com baixa carga viral. A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, com colaboração de médicos da Clinique Medicale du Quartier Latin de Montreal.

Os pesquisadores se basearam em dados de arquivos de 1.860 pessoas que vivem com HIV por 12 anos ou mais. Quase 94% dos pacientes eram homens. O prognóstico para pessoas contaminas com o vírus tem melhorado desde o advento da terapia antirretroviral em 1996, que atua através da redução da presença do retrovírus no sangue de pessoas infectadas, mantendo as funções imunes necessárias para evitar o desenvolvimento para a AIDS.

De um ponto de vista clínico, o teste de carga viral mede a atividade de HIV no paciente, e a eficácia da terapia antirretroviral. O objetivo do tratamento consiste em manter a carga viral abaixo do limite de detecção, a qual é de cerca de 50 cópias de RNA viral/mililitro.

Apesar do tratamento, os pacientes apresentam, por vezes baixa carga viral persistente durante o acompanhamento médico, entre 50 e 1000 cópias/ml, para um certo número de meses. Quanto maior a carga viral persistente, maiores as chances de os pacientes estarem em risco de desenvolver insuficiência virológica.

A falha virológica, definida no estudo como uma carga viral acima de 1.000 cópias/ml de RNA viral no sangue, deve ser evitado, não menos importante, porque mostra a progressão da doença.

As descobertas do estudo confirmaram que o risco de falha virológica é uma função da carga viral persistente. Assim, um paciente com uma carga viral persistente entre 500 e 999 cópias/ml após um acompanhamento de seis meses corre cinco vezes mais risco de falência virológica em comparação com pacientes cuja carga viral é indetectável.

No entanto, uma baixa carga viral persistente (50-199 cópias/ml) duplica duplica este risco, tanto quanto uma "média" a carga viral persistente (200-499 cópias/ml).

De acordo com os pesquisadores, este resultado foi uma surpresa, porque eles não acreditam que uma carga tão baixa, como 50-199 cópias/ml, após seis meses poderia resultar em um risco significativo de falência virológica.

Fonte: UPI, 02 de dezembro de 2013

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