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Violência sexual e física contra mulher é romantizada em livro

14 de agosto de 2013 (Bibliomed). Sucesso de vendas, o romance “Cinquenta Tons de Cinza”, da autora inglesa Erika Leonard James, pode, de acordo com pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio, romantizar a violência sexual e emocional contra as mulheres.

Em artigo publicado no Journal of Women’s Health, pesquisadores defendem que o comportamento violento e abusivo contra as mulheres ganha aceitação social quando é glamourizado e apresentado como normal através de livros e filmes.

No caso de “Cinquenta Tons de Cinza”, uma das autoras do estudo, Amy Bonomi, diz que o livro, que está sendo anunciado como romance erótico para mulheres, perpetua os padrões de abuso.

As pesquisadoras fizeram uma análise sistemática da obra para identificar padrões consistentes com as definições de violência interpessoal dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA, assim como as reações normalmente apresentadas por mulheres abusadas.

A partir dessas análises, as pesquisadoras concluíram que a personagem Anastasia sofre danos sobre resultados de seu relacionamento com Christian, uma vez que esse é caracterizado pela perseguição, intimidação e isolamento.

A violência sexual é generalizada na obra, incluindo o uso de álcool para manipular o consentimento da protagonista Anastasia e o uso da intimidação, o que resulta em estresse, alteração de identidade e impotência/aprisionamento.

Publicado em 2011, "Cinquenta Tons de Cinza" já vendeu mais de 70 milhões de cópias e bateu o recorde como o livro de venda mais rápida de todos os tempos. Um filme baseado no romance está sendo produzido.

Fonte: Diário da Saúde, 13 de agosto de 2013

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