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40% das vítimas do tabagismo passivo são crianças

12 de junho de 2013 (Bibliomed). O tabagismo passivo é um mal que afeta milhares de pessoas no mundo e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 milhões de crianças estão expostas a fumaça de cigarro dentre de suas próprias casas, número que corresponde a quase metade da população infantil do planeta.

De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que envolveu cerca de três mil alunos de escolas públicas com idades entre dez e 19 anos, 10% dos jovens se declararam fumantes e afirmaram ter tido como influência e exemplo pessoas da família (52% dos pais fumavam, 44% das mães e 36% dos irmãos). Entre os 90% não tabagistas, esses índices caíam para 18% entre os pais, 14% entre as mães e 5% entre os irmãos.

Quanto mais pessoas fumam na casa ou no convívio social da criança, maior é o risco de desenvolvimento de problemas respiratórios (pneumonia, asma, bronquite, entre outros), doenças do sistema imunológico (infecções em geral, resfriados, otite média), déficit de atenção e perda na audição.

Segundo o diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Alberto Machado, o fumante passivo corre mais riscos do que o próprio fumante. “A fumaça do cigarro contém concentrações maiores de nicotina e de outras substâncias cancerígenas quando comparadas à tragada pelo fumante”.

O especialista esclarece, ainda, que não adianta fumar na sacada, no quintal ou na varanda, porque os componentes nocivos do cigarro ficam na pele, no cabelo, na roupa e são facilmente transportados promovendo os efeitos passivos deletérios.

No intuito de conscientizar sobre os malefícios do tabagismo passivo para as crianças, a Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou uma campanha que busca orientar crianças e adolescentes sobre os efeitos do cigarro no organismo. A ação ainda irá informar pais e educadores das consequências para a saúde do fumo passivo.

Uma cartilha foi elaborada e está disponível em locais públicos ou no LINK e contem orientações sobre os sintomas do fumo passivo em curto prazo (tosse, irritação nos olhos e nariz, dor de cabeça, alergias, doenças cardíacas, dores no peito, aumento da pressão arterial e transtornos de memória e do sono) e em longo prazo (diminuição da capacidade de funcionamento do pulmão, aumento no risco de aterosclerose, infarto, infecções respiratórias e risco de câncer de pulmão, ansiedade e hiperatividade).

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 31 de maio de 2013

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