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Maior parte dos depressivos não busca tratamento

22 de abril de 2013 (Bibliomed). A depressão é uma doença mental que afeta cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, sendo, ainda, a primeira causa da incapacitação ao longo da vida. Estima-se que 10% dos brasileiros sofram com o problema.

O mais alarmante é que a estigmatização da doença faz com que boa parte dos pacientes não busque tratamento. Estudo realizado pelo National Health and Wellness mostrou que entre os 10% dos brasileiros que apresentam sintomas da depressão, 28,1% foram diagnosticados e apenas 15,6% realiza um tratamento de cunho medicamentoso.

De acordo com o professor do departamento de Psiquiatria da Universidade Santo Amaro (Unisa) e ex-coordenador de saúde mental da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo, Kalil Duailibi, com qualquer tratamento a que for submetido o paciente vai apresentar alguma melhora, mas esse deve ser seguido pelo tempo correto, caso contrário o paciente pode continuar apresentando sintomas mais brandos ou ter uma recaída mais forte.

Os sintomas remanescentes da depressão, como a diminuição da memória, o aumento da irritabilidade, a queda na capacidade de concentração e alguns sintomas físicos dolorosos, podem afetar a vida do paciente, causando problemas em relacionamentos, na tomada de decisões e até no rendimento no trabalho.

Duailibi explica que o tratamento inadequado pode resultar no desenvolvimento de um quadro crônico de depressão, aumentando as chances de recaídas graves.

Segundo a médica assistente do Programa de Doenças Afetivas (Prodaf) da Universidade de São Paulo (USP), Luciana Sarin, cerca de 60% a 65% dos pacientes não alcançam a remissão total da doença após o tratamento antidepressivo inicial. Segundo ela, o tratamento deve ser individual, customizado segundo o perfil dos sintomas do pacientes e suas características sócio-demográficas, o que aumenta as chances de diminuir risco de recaída e recorrência.

A médica ainda ressalta que o tratamento deve ser adaptado ao paciente, e não o contrário, pois assim o paciente tem mais chances de voltar ao seu normal e se reintegrar à sua vida.

Fonte: CDN Comunicação Corporativa, 19 de abril de 2013

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