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Pesquisadores holandeses descobriram que o sangue do cordão umbilical pode ser um tratamento mais eficaz do que a medula óssea para as crianças nascidas com síndrome de Hurler.
Essa doença, também chamada de mucopolissacaridose tipo I (MPS I) ou gargulismo, é uma condição genética autossômica recessiva rara, que leva à deterioração progressiva, hepatoesplenomegalia (aumento do tamanho do fígado e do baço), nanismo e características faciais peculiares.
Um dos tratamentos atuais envolve os transplantes de células-tronco hematopoiéticas, desde que as células da medula óssea tenham uma combinação adequada, o que pode ser difícil de acontecer.
Com a nova técnica, não existe a necessidade de as células serem compatíveis, sendo que os resultados dos testes realizados com células-tronco incompatíveis retiradas do cordão umbilical foram considerados eficazes.
O estudo envolveu 258 pacientes e mostrou que o tratamento com células do cordão umbilical é tão eficiente quanto o realizado com células de medula óssea. De acordo com a pesquisa, aproximadamente 45% das crianças apresentaram transplante de células do cordão umbilical sem grau de parentesco, sendo que 81% delas não receberam células compatíveis.
Aproximadamente 63% das crianças apresentaram sobrevida de cinco anos após o tratamento, sem nenhuma doença e, no total, 74% sobreviveram. Segundo os pesquisadores, esses resultados são importantes para a comunidade de transplantes, pois fornecem fortes evidências de que o sangue do cordão umbilical pode ser uma fonte útil e eficaz de células-tronco para o transplante, quando uma fonte compatível de células não está disponível.
Fonte: Blood, 14 de março de 2013
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