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Digoxina aumenta risco de mortalidade em pacientes

13 de março de 2013 (Bibliomed). Um estudo apresentado na reunião deste ano da American College of Cardiology mostra que pacientes sofrendo de fibrilação atrial e iniciando tratamento com digoxina pela primeira vez mostraram um aumento independente significativo na mortalidade após um tempo médio de um ano quando comparados com pessoas que não utilizavam o medicamento.

Uma análise estratificada dos resultados mostrados pelo estudo observacional mostrou que o efeito foi consistente em homens e mulheres e também de acordo com a idade.  A digoxina foi dada para controle de taxa e pacientes com insuficiência cardíaca foram excluídos do estudo.

Apesar de a mortalidade ter dobrado com o uso da digoxina, a taxa de hospitalizações não foi afetada, indicando que os pacientes morreram em casa. Não há dados que abordam a causa da morte, mas de acordo com o autor do estudo Dr. James V Freeman, da Stanford University (EUA) arritmias ventriculares são um risco da toxicidade da digoxina.

Esse medicamento é usado há muito tempo na medicina sem nunca ter sido testado em experimentos substanciais para sua eficácia ou segurança. Freeman observa que a digoxina é “muito mais comumente usada do que as pessoas acham, e não é só pessoas que a estavam usando 20 anos atrás e ainda estão usando”. A teoria desenvolvida por ele e por sua equipe afirma que pacientes da droga podem ter sofrido um aumento de morte arrítmica e morte súbita cardíaca, mas não há uma forma de se saber isso ao certo.

Fonte: American College of Cardiology, 9 a 11 de março em San Francisco/EUA.

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