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Tipo de parto influencia na retomada da vida sexual

01 de março de 2013 (Bibliomed). O tipo de parto escolhido influencia no tempo de “resguardo”, ou seja, em quando a mulher vai retomar sua vida sexual. A conclusão é de estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch, na Austrália, e publicado em BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, que mostrou que partos que envolvem intervenção, como cesariana, ruptura perineal ou psisiotomia, dificulta a retomada na sexo vaginal.

O estudo envolveu 1.507 mulheres responderam a questionários aplicados no início da gravidez, aos três, seis e 12 meses após o parto. Os resultados mostram que 41% delas retomaram o sexo vaginal até seis semanas após o parto, 65%, após oito semanas, e 78% em 12 semanas, sendo este valor aumentou para 94% decorridos seis meses do parto. O estudo também descobriu que a atividade sexual foi retomada antes do que o sexo vaginal, sendo que 53% das mulheres retomaram a atividade sexual seis semanas após o parto.

Além disso, mulheres com idade entre 30 e 34 anos eram significativamente menos propensas a ter retomado o sexo vaginal após seis semanas do parto em comparação com mulheres mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, (40% contra 63%).

As mulheres submetidas a uma cesariana, um parto assistido com fórceps e aquelea que tiveram uma episiotomia ou laceração suturada, também foram menos propensas retomar o sexo vaginal antes de seis semanas após o parto em comparação com as mulheres que tiveram um parto vaginal espontâneo e períneo intacto.

O estudo mostrou que 45% das mulheres que realizaram uma cesariana, 32% que tiveram um parto assistido por fórceps, 32% que tiveram uma episiotomia e 35% que tiveram uma suturação havia retomado o sexo vaginal após seis semanas, em comparação com 60% que tiveram um parto vaginal espontâneo com períneo intacto.

O estudo mostra que apenas cerca de 10% das mulheres que têm o primeiro filho consegue ter um parto vaginal com períneo intacto. Assim, para a grande maioria das mulheres e seus parceiros, é razoável prever um atraso em retomar o sexo vaginal relacionado com os eventos do parto e nascimento.

Fonte: EurekAlert!, 26 de fevereiro de 2013

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