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07 de fevereiro de 2012 (Bibliomed). Pesquisa realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) mostra que variações climáticas, especialmente no inverno, influenciam a saúde humana, favorecendo o desenvolvimento de alguns tipos de doenças.
Para realização da pesquisa, a geógrafa Isabel Barbosa dos Anjos escolheu a cidade de Maringá, no Paraná, onde avaliou as internações por doenças respiratórias entre 2000 e 2007. A partir das análises, a pesquisadora observou que as massas de ar frias encontram um organismo despreparado, causando choque térmico e favorecendo o desenvolvimento de doenças.
“No inverno as temperaturas não são constantes, ou seja, não está frio o tempo todo, aumentando a intensidade desse choque. Ocorre também a diminuição da umidade relativa do ar, que nesse período pode ser encontrada inferior a 40%, causando o ressecamento das mucosas das vias aéreas respiratórias. E esse processo facilita o ataque por vírus e bactérias presentes no ar”, diz Isabel. A relação entre o clima e a saúde é mais forte predominantemente no inverno, que registra cerca do dobro de casos de internações em comparação ao verão.
As doenças mais comuns são as gripes e pneumonias, responsáveis por 59% das internações. No período analisado, foram registrados 18.339 casos de internações e 736 óbitos em decorrência dessas doenças. A pesquisadora chama atenção para o fato de que essas não são doenças socioeconômicas, atingindo todas as classes sociais e, especialmente, crianças até nove anos e idosos com mais de 60.
Fonte: Agência USP, 6 de janeiro de 2012
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