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10 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). Os cigarros eletrônicos são um assunto controverso. Organizações salutares vêem esses cigarros como um substituto pouco saudável para os cigarros de verdade e um risco para pessoas que não estão viciadas ainda. Mas um estudo recente mostra que eles podem ajudar pessoas a pararem de fumar.
Pesquisadores da Universidade de Boston (EUA) enviaram questionários a 5000 pessoas que compraram pela primeira vez o cigarro eletrônico. Das 222 pessoas que responderam, 216 disseram ser fumantes, e seis meses depois 31% deles disseram ter abandonado o vício. Dois terços das pessoas que responderam disseram que haviam diminuído a quantidade de cigarros que fumavam por dia.
O Dr. Michael B. Siegel, responsável pelo estudo, diz que o número é impressionante porque apenas 18% dos fumantes que param de fumar conseguem manter essa resolução após 6 meses. Mas questionários como o feito por ele não podem ser usados como prova. Apenas um experimento clínico pode oferecer evidências quanto ao caso. Apesar disso, o estudo mostra que os cigarros eletrônicos tem potencial e podem ser usados no futuro da mesma forma que adesivos de nicotina são usados – como algo que pode ajudar pessoas a abandonarem o vício de fumar.
Os cigarros eletrônicos têm o mesmo formato e tamanho de um cigarro normal. Eles possuem uma pequena bateria e liberam vapor e pequenas quantidades de nicotina. Seus defensores dizem que eles funcionam como um instrumento anti-tabagismo porque dão ao usuário a ilusão de estar fumando mas causam menos danos ao organismo e são mais seguros. A FDA (Food and Drug Administration), órgão americano que regula comida e medicamentos nos Estados Unidos, discorda e acredita que esses cigarros podem causar danos ainda desconhecidos, já que eles não foram testados quanto à segurança e eficiência ainda. Além disso, há a possibilidade de superdosagens de nicotina e de contaminação do cartucho que guarda a substância.
Siegel diz que “essa é uma grande oportunidade para a saúde pública. Você tem companhias dispostas a colocar o produto no mercado como um dispositivo para parar de fumar. Mas eles estão receosos porque não querem ir contra a FDA”. Já a FDA está estudando o eletrônico e avaliando suas possibilidades e riscos.
Fonte: Web MD 8 de fevereiro de 2011
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