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Problemas de memória não são um sinal normal do envelhecimento, alertam especialistas

21 de setembro de 2010 (Bibliomed). Muitas vezes considerado algo inerente ao envelhecimento, os problemas de memória não devem ser encarados como algo inevitável com o avançar da idade, pois algumas alterações leves podem indicar o desenvolvimento de demências como a doença de Alzheimer, segundo especialistas da Universidade de Rush, nos Estados Unidos. “Não acreditamos que, apenas porque você está velho, um problema de raciocínio e memória é normal e deve ser ignorado. Achamos que é, na verdade, um sinal de doença”, destacou o pesquisador Robert Wilson em artigo publicado este mês na revista Neurology.

Em pesquisa com 350 freiras e padres católicos acompanhados por 13 anos e examinados após a morte, os especialistas descobriram que aqueles que nunca haviam apresentado sinais de perda de memória em vida tinham o cérebro livre da proteína tau - substância associada à doença de Alzheimer - e do corpo de Lewy - proteína ligada a outro tipo de demência - após a morte. Por outro lado, aqueles que tiveram problemas de memória - mesmo de forma mais leve - apresentaram sinais dessas substâncias.

“O que estamos dizendo é que as alterações cerebrais que são as principais responsáveis pelo Alzheimer e outras demências também parecem ser as principais responsáveis por alterações precoces muito leves na memória e no raciocínio”, explicou o autor da pesquisa.

De acordo com Robert Wilson, o mal de Alzheimer começa dez anos antes de a doença ser diagnosticada, por isso, pequenos problemas de memória que parecem inofensivos podem ser sinais iniciais da doença degenerativa. Baseado nesses resultados, o especialista defende que as pessoas que relatam alterações na memória sejam triadas para a existência de demência. E ele destaca que mais estudos são necessários para o desenvolvimento de novas abordagens diagnósticas baseadas em marcadores no sangue.

Fonte: Neurology. 15 de setembro de 2010.

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