Folhetos de saúde

Reações normais da pele ao sol

© Equipe Editorial Bibliomed  

Podemos agrupar as reações da pele à exposição solar em três grupos distintos: as reações normais e as anormais. As reações anormais são as chamadas fotodermatoses, o fotoenvelhecimento e a fotocarcinogênese. Eles são fenômenos patológicos associados à exposição solar, sendo responsáveis por danos ao organismo.

Reações normais são aquelas que a pele apresenta naturalmente, sem significado de doença dermatológica, quando exposta ao sol. São as seguintes:

Eritema actínico

O nome complicado nada mais é do que uma vermelhidão na pele provocada  pela dilatação dos vasos sanguíneos da sua superfície. Isso ocorre quando nossa pele é exposta à radiação ultravioleta. É diferente da queimadura solar, pois não e acompanhado de dor ou desconforto.

Pigmentação

A pigmentação provocada pelo sol pode ser de dois tipos. A imediata é provocada, sobretudo pela radiação UVA, e surge nos primeiros minutos que se seguem à exposição, durando apenas algumas horas. É devida à oxidação da melanina e é tanto mais acentuada quanto maior é a pigmentação de base (a cor da pele, antes da exposição). A pigmentação tardia é promovida  particularmente  pela radiação UVB, e torna-se evidente a partir das 48/72 horas, aumentando  subsequentemente,  e  é  devida  ao  aumento  de produção  de  melanina pelos melanócitos da camada  basal  da pele. Constitui um dos principais meios de proteção da pele contra a radiação solar.

Espessamento da epiderme

Observa-se um espessamento da epiderme (a camada mais superficial da pele) alguns dias após a exposição ao sol. Esse mecanismo forma um “escudo”, e constitui  um dos  recursos  de proteção mais eficazes,  sobretudo  nas deficiências   de   pigmentação,  como  no  vitiligo   ou   no albinismo.

Síntese da vitamina D

Quando exposta ao sol, nossa pele tem importante papel na fabricação da vitamina D, que é importante para manter os ossos fortes desde a infância. A radiação UVB é a primeira etapa da síntese da vitamina D pelo organismo. A falta de exposição à radiação solar já foi causa de raquitismo em crianças com dietas  pouco equilibradas.  Hoje, a quantidade de vitamina D presente na dieta dos países desenvolvidos é suficiente para preencher as necessidades diárias, não havendo motivo para se observar raquitismo por falta de radiação ultravioleta nessas regiões. Países em desenvolvimento ainda relatam, infelizmente, casos desse tipo.

O Sol pode ser um aliado da nossa saúde, mas a exposição desprotegida e excessiva aos seus raios é perigosa e deve ser evitada. Consulte seu dermatologista para saber como se proteger dos perigos do sol e  assim aproveitar o verão sem preocupações.

Fonte: Bibliomed (www.bibliomed.com.br)