Folhetos de saúde

Espondilite anquilosante juvenil

© Equipe Editorial Bibliomed

1. O que significa espondilite anquilosante juvenil?

A espondilite anquilosante juvenil é a apresentação da espondilite anquilosante na faixa de idade pediátrica. Constitui-se de uma doença inflamatória das articulações (juntas) periféricas e dos tendões, podendo ou não ser acompanhada de sintomas extra-articulares.

2. Em que indivíduos é mais comum o encontro da espondilite anquilosante juvenil?

A espondilite anquilosante juvenil é mais encontrada em meninos do que em meninas (6:1), com idade acima de 8 anos e que apresentam história familiar da doença ou doenças semelhantes.

3. Qual a prevalência da espondilite anquilosante juvenil?

É estimada a ocorrência de espondilite anquilosante juvenil a cada 30 de 100 mil crianças menores de 16 anos.

4. O que causa a espondilite anquilosante juvenil?

A causa da espondilite anquilosante juvenil ainda é desconhecida. Porém, diversos estudos sugerem haver uma predisposição genética, em especial a associação do HLA-B27.

5. Quais são os sintomas da espondilite anquilosante juvenil?

Os pacientes que apresentam a espondilite anquilosante juvenil normalmente evoluem com dor nas articulações periféricas, não simétricas, mais intensas à noite e que melhoram com a movimentação, e dor lombar, geralmente de início arrastado, unilateral, progressivamente acometendo os dois lados e tornando-se persistente.  Pode também ser observada uma rigidez das articulações ao acordar. Outro aspecto é a retificação da coluna lombar e o achatamento dos glúteos  (músculos das nádegas).

6. Quais as principais articulações que são acometidas na espondilite anquilosante juvenil?

As articulações geralmente acometidas são as dos membros inferiores: joelhos, tornozelos, ossos dos pés (especialmente os metatarsos), e a articulação coxo-femoral. O envolvimento da articulação axial (coluna vertebral e articulações sacroilíacas), bem como dos ombros no início das manifestações da doença é pouco comum, normalmente aparecendo após 5 anos de evolução da mesma.

7. Podem existir outros sintomas sem ser os articulares?

Sim. Além dos sintomas articulares podem coexistir manifestações sistêmicas como dor e congestão ocular, com sensibilidade à luz, irite (inflamação da íris do olho) aguda pericardite, insuficiência aórtica (depois de longos períodos de evolução da doença), pleurite (inflamação da pleura – membrana que reveste os pulmões), sintomas neurológicos de compressão radicular, entre outros.

8. Em que critérios se baseia o tratamento da espondilite anquilosante juvenil?

O tratamento da espondilite anquilosante juvenil baseia-se nos mesmos tratamentos feitos para os indivíduos adultos, ou seja, no fato de ser esta uma doença inflamatória. O tratamento da espondilite anquilosante juvenil é feito através de medidas farmacológicas e fisioterapêuticas.

Para o tratamento da espondilite anquilosante juvenil utiliza-se os antiinflamatórios não-hormonais.

A fisioterapia é muito importante nos pacientes com espondilite anquilosante juvenil, pois possibilita uma maior manutenção ou melhora da amplitude dos movimentos das articulações acometidas, principalmente as da coluna vertebral.

Lembre-se: somente seu médico poderá orientá-lo acerca da melhor abordagem desta condição.

Fontes:

KISS,M.H.B. Espondiloartropatias in: MARCONDES, E.; VAZ, F.A.C.; RAMOS, J.L.A.; OKAY, Y. Pediatria Básica, 9°ed., Sarvier, S.P,2003: 807-810.

REIS,A .F.; SANTOS ,F.P.S.T.  Problemas reumatológicos mais comuns in: LEAO, E. MOTA, J.A .C.; CORRÊA, E.J.; VINA, M.B. Pediatria Ambulatorial. 4°ed., Editora: Coopmed, Belo Horizonte, 2005: 921-936.