Folhetos de saúde

Resfriado comum ou rinofaringite aguda

© Equipe Editorial Bibliomed

O que é?

Trata-se da doença infecciosa mais comum da infância, afetando o tecido de revestimento do nariz, garganta e estruturas próximas. É causado por infecção viral, sendo o mais comum o rinovírus. Quando dentre os sintomas apresentados está a diarréia, suspeita-se de rotavírus. Em adolescentes e adultos é comum a causa ser a infecção por adenovírus. Todos esses vírus têm um alto poder de disseminação, ou seja, passam de uma pessoa doente para outra pessoa sadia com relativa facilidade.

A maior importância do resfriado comum relaciona-se às potenciais complicações que podem se desenvolver no curso da infecção, tais como infecção de ouvido (otite média aguda), infecção dos seios da face (sinusite aguda), infecção de garganta (amigdalite), infecção pulmonar (pneumonia), dentre outras. Essas últimas doenças são usualmente causadas por bactérias, tem um curso clínico mais grave e podem gerar repercussões importantes no estado de saúde do indivíduo, até a morte.

A rinofaringite aguda também está associada a crises de asma em indivíduos susceptíveis.

Como se transmite?

O principal modo de transmissão dos agentes causadores se dá pela inalação de partículas contidas no ar contaminado pela secreção nasal eliminada pelo indivíduo doente. Isso ocorre especialmente durante as crises de espirros e/ou tosse.

O contato com as mãos do doente ou objetos contaminados por estas também é um modo de transmissão dos vírus causadores, uma vez que é comum a prática de “coçar” o nariz quando este elimina muita secreção. Assim, o contato manual com essa secreção torna-a contaminada, bem como os objetos tocados por ela (talheres, copos...).

Quais os principais sinais e sintomas?

Quanto mais velha é a criança, mais específico é o quadro clínico. Geralmente há irritação do nariz e dor de garganta, seguidos de crises de espirros, coriza (secreção clara e abundante eliminada pelas narinas), nariz entupido. Pode estar associado, em graus variáveis de intensidade, dor de cabeça, mal-estar geral, dor muscular e articular, tosse e febre baixa.

Os sintomas costumam durar 5 a 7 dias, no entanto, quando presente, a tosse pode persistir por algumas semanas.

Nas crianças pequenas (geralmente as menores que 2 anos de idade), os sintomas são mais inespecíficos, tais como irritabilidade, inquietação, redução do apetite, dificuldade para mamar. Podem apresentar também vômitos decorrentes da tosse, e até diarréia.

Qual é o tratamento?

O médico deve sempre ser consultado, seja pela potencial presença de infecções mais graves associadas, seja pela prescrição de medicamentos adequados em doses certas para o peso e idade da criança. Deve-se evitar a automedicação ou o uso de medicamentos passados pelo vizinho, farmacêutico, parente, ou qualquer outra pessoa inabilitada, prática essa infelizmente comum no nosso meio.

Usualmente são utilizados medicamentos para reduzir os principais e mais inconvenientes sintomas presentes. Assim, no caso de dor ou febre usam-se analgésicos e antitérmicos comuns. Para aliviar a coriza pode-se tentar a higiene nasal com soro fisiológico. Os medicamentos para abolir a tosse e os descongestionantes nasais devem ser evitados, sendo seu uso limitado aos casos mais graves, e sempre devem ser passados pelo médico.

Lembre-se, somente o médico poderá orientar o tratamento de seu filho portador desta condição.

Fonte:

Alvim CG, Dias LS, Magalhães MEN. Infecções respiratórias agudas. In: Alves CRL, Viana MRA. SAÚDE DA FAMÍLIA: CUIDANDO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Coopmed Editora Médica Belo Horizonte - MG, 2003: 173 – 184.