Folhetos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
O que é?
A obesidade é definida como o excesso de gordura corporal, geralmente distribuída por toda a superfície corpórea.
A melhor maneira de definir a obesidade é pela medida do peso corporal, e correlacionando-o com a idade da criança ou com sua altura. Existem curvas e gráficos específicos que permitem avaliar essas relações, e conseqüentemente definir o estado nutricional do indivíduo. Os adolescentes podem ser avaliados quanto ao índice de massa corporal (IMC), o qual é obtido pela divisão do peso em KG pelo quadrado da altura em metros:
IMC= peso (em KG)/ (altura)2 em metros.
Também existem curvas específicas para se avaliar o IMC normal e alterado em relação à idade.
Qual a sua causa?
Existem diversas causas para a obesidade infantil, porém a mais comum é decorrente da combinação de ingestão excessiva de alimentos com elevado valor calórico e baixo gasto energético.
A cultura ocidental, que se caracteriza pela presença de padrões alimentares pouco saudáveis, com troca de refeições tradicionais como o almoço e o jantar por lanches rápidos com sanduíches e frituras em geral, é uma das responsáveis pelo aumento do número de crianças obesas. Esses lanches são ricos em alimentos gordurosos, em açúcares, e pobres em vitaminas e fibras, o que contribui para o aumento de sua carga calórica e conseqüente acúmulo dessa energia excessiva no organismo sob a forma de gordura.
O baixo gasto energético é decorrente da inatividade física, uma vez que as crianças modernas além de não terem tempo disponível para se dedicar a um esporte, pois são sobrecarregadas com atividades de pouco gasto energético (computador, jogos eletrônicos, aulas diversas), não demonstram interesse em praticar atividade física regular.
A associação desses 2 fatores acima, com uma predisposição genética e fatores psicossociais são responsáveis pelo desenvolvimento da obesidade infantil. Existem outras causas mais raras de obesidade, como doenças de glândulas do sistema endócrino, doenças metabólicas e certos distúrbios genéticos.
Qual a sua importância?
Alguns especialistas consideram que a obesidade é uma das grandes epidemias do final do século passado e início desse século. Em alguns países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América, estima-se que 1/3 das crianças e adolescentes tem seu peso acima do considerado normal para a idade.
Associam-se à obesidade algumas complicações, como: elevação do colesterol ruim, cansaço fácil pela limitação física, maior tendência para desenvolver pressão alta e diabetes, maior risco de doenças diversas (do coração, da respiração, alguns tipos de câncer).
Qual a melhor forma de tratamento?
A melhor maneira de abordar a obesidade é a sua prevenção. A criança e o adolescente devem associar uma alimentação saudável, rica em nutrientes como as vitaminas e fibras alimentares, com uma prática regular de atividade física.
Para os que já tem seu peso acima do esperado é recomendado uma consulta ao especialista. As mesmas medidas acima mencionadas, associadas a um planejamento com metas e objetivos claros e definidos, geralmente são suficientes para promover a perda de excesso de peso.
Os casos mais graves de obesidade, que usualmente tem uma causa rara de base, devem ser tratados sob orientação do médico, com o uso de medicamentos e medidas específicas. No entanto, esses representam a absoluta minoria de situações no universo da obesidade.
Lembre-se, somente o médico poderá orientar o tratamento de seu filho portador desta condição.
Fonte:
Lamounier JA, Abrantes MM. Obesidade na infância e na adolescência. In: Alves CRL, Viana MRA. SAÚDE DA FAMÍLIA: CUIDANDO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Coopmed editora médica BH-MG, 2003: 165 – 172.
Veja também