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O que é?

Consiste num quadro caracterizado por choro quase diário, de causa não explicada ou não evidente, que afeta crianças no primeiro trimestre de vida.

Qual a sua causa?

Toda criança saudável apresenta episódios de choro, os quais são comumente associados a situações que trazem desconforto a elas, tais como fome ou dor. Outros fatores menos perceptíveis podem estar associados ao choro da criança, como o excesso de roupas, o excesso de luminosidade, o barulho do ambiente, dentre outros. Algumas das novas experiências que o bebê vivencia no ambiente extra-uterino são causa de desconforto, e como a forma que ele tem para expressá-lo é o choro, este pode surgir em decorrência de uma ampla gama de estímulos ou situações.

No entanto, aqueles bebês que apresentam um padrão de choro diário, sempre no mesmo período do dia, ou até na mesma hora, usualmente mais à tarde ou ao anoitecer, são possivelmente portadores do quadro de cólicas cíclicas do recém-nascido.

A sua causa ainda não é conhecida. Alguns estudiosos e pesquisadores especulam que a imaturidade do sistema nervoso e da movimentação dos intestinos pode estar associada a sensação de desconforto no abdômen da criança, a qual manifesta-o com o choro.

A cólica pode ocorrer até qual idade?

A cólica do recém-nascido pode persistir até cerca de três meses de idade. A partir de então os episódios de choro vão reduzindo.

Quais as repercussões na saúde do bebê?

Trata-se de quadro clínico benigno, sem nenhuma repercussão na saúde da criança. É importante ressaltar que o bebê alimenta-se de maneira adequada, cresce dentro dos padrões esperados e tem desenvolvimento normal.

Qual o tratamento?

Não é necessário o uso de qualquer medicamento na quase totalidade dos casos. A irritabilidade e o choro da criança tendem a atenuar-se com massagens na região da barriga, e quando esta é segurada de bruços. Alguns alimentos ingeridos pela mãe podem estar associados a um maior número de episódios de cólicas e choro, quando a criança está sob aleitamento materno. Porém, isso não é motivo para interromper o aleitamento materno. O pediatra deve ser consultado a fim de melhor orientar sobre a benignidade do quadro e as medidas que reduzem a intensidade dos sintomas.
Lembre-se, somente o médico poderá orientar o tratamento de seu filho portador desta condição.

Fonte:

Xavier CC. Cuidados com o recém-nascido. In: Alves CRL, Viana MRA. SAÚDE DA FAMÍLIA: CUIDANDO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Coopmed Editora Médica Belo Horizonte - MG, 2003: 93 – 107.