Folhetos de saúde

Artrite reumatóide pode evoluir pior em mulheres

© Equipe Editorial Bibliomed

Qual a relação entre a artrite reumatóide e o gênero?

A artrite reumatóide é uma doença crônica que afeta as articulações, provocando dor e deformidades. Pode atingir tanto homens quanto mulheres, mas essas constituem a maioria dos pacientes.

Existem diferenças entre a evolução da artrite reumatóide em homens e mulheres?

Que a artrite é uma doença que atinge especialmente as mulheres, já era sabido. Recentemente, uma nova pesquisa revela que, dentre os indivíduos portadores de artrite reumatóide, as mulheres evoluem pior do que os homens. O estudo foi publicado na edição online da revista Annals of Rheumatic Diseases.

Em que se baseia este estudo?

O objetivo do tratamento da artrite reumatóide é a remissão – uma situação na qual as articulações deixam de ser destruídas ativamente pela inflamação. As mulheres sabidamente  têm uma maior possibilidade de apresentarem quadros de artrite reumatóide, mas esta nova pesquisa conseguiu revelar que as mulheres, se comparadas com os homens, têm uma menor probabilidade de evoluir para a fase remissão da doença.

Como foi feita esta pesquisa?

No estudo, investigadores suecos estudaram 700 adultos com diagnóstico recente de artrite reumatóide; dois terços destes indivíduos eram mulheres. Os homens e mulheres participantes estavam no mesmo nível de avanço da doença.

E quais foram os resultados?

Na evolução destes pacientes, realizada aos 2 anos e aos 5 anos do início do estudo, os homens apresentaram uma probabilidade duas vezes maior do que as mulheres de desenvolverem remissão do quadro; além disso, a doença progrediu mais rapidamente e se tornou mais severa nas mulheres.

O que fazer diante dessa realidade?

Diante desses achados, devemos estar atentos ao rigoroso acompanhamento médico da artrite reumatóide, tanto em homens quanto em mulheres. As mulheres, de maneira especial, não devem se distanciar dos cuidados médicos, estando sempre vigilantes quanto ao parecimento de sinais de crises.

Fonte: Annals of Rheumatic Diseases. Online edition _ Dec. 7 2006.