Folhetos de saúde

Síndrome do Pânico

© Equipe Editorial Bibliomed

 O que é?

A síndrome do pânico é uma condição caracterizada pela repetição de crises de pânico, com posterior desenvolvimento de medo de ter novas crises.

O indivíduo afetado pela síndrome começa a apresentar excessiva preocupação acerca de possíveis implicações das crises, tais como perder o controle, ter um ataque cardíaco ou ficar louco. Isso gera um sofrimento importante para a pessoa, especialmente no campo subjetivo, sendo que as suas relações sociais passam a sofrer interferência devido ao medo de freqüentar determinados locais ou se expor a situações potencialmente estressantes.

O quadro pode ou não estar associado à agorafobia, que é um medo de freqüentar locais onde existam aglomerações de pessoas. Quando o indivíduo afetado se encontra nesses locais, passa a apresentar sintomatologia similar a descrita na crise de pânico.

Como se identifica?

O diagnóstico de síndrome do pânico é eminentemente clínico, ou seja, a partir do relato dos sintomas pelo paciente, o médico identifica as características da crise de pânico, as situações desencadeantes e a sua tendência de recorrer de tempos em tempos.

Atualmente, diante da violência vivenciada por toda a população nas grandes cidades, diversas situações estressantes começaram a surgir, com potencial de desencadear os sintomas de crise de pânico. Destacam-se os assaltos, seqüestros, acidentes automobilísticos, disputas pessoais, dentre outros tantos fatores de impacto psíquico sobre o indivíduo. Uma vez exposto a estes fatores, as pessoas susceptíveis passam a desenvolver um medo anormal, uma apreensão exagerada de que o evento possa se repetir a qualquer momento, nas mais variadas e improváveis situações.

Dessa forma, o indivíduo começa a criar certos rituais para evitar que seus sintomas reapareçam. Passa a evitar dirigir em determinados locais e horários, não passar de forma alguma no local onde sofreu a primeira crise, desconfiar de tudo e todos em locais como filas de bancos, de supermercado. Evita aglomerações de pessoas, ambientes fechados e eventos sociais.

Nota-se o profundo impacto negativo na vida da pessoa com a síndrome do pânico. As restrições sociais são inegáveis, as perdas no trabalho e até mesmo o desarranjo nas relações familiares passam a ser mais um problema a ser enfrentado pelo indivíduo.

Qual a sua abordagem?

A abordagem do paciente com síndrome do pânico inclui o uso de medicação e de diversos tipos de terapia comportamental. Cada pessoa deve ter uma abordagem individualizada, de acordo com as características principais dos sintomas e com a estrutura psíquica dela.

Os medicamentos mais usualmente utilizados serão abordados em folheto específico sobre o tratamento dos distúrbios da ansiedade. Lembre-se, somente seu médico poderá aconselhá-lo na abordagem desta condição. 

Fonte:

Dalgalarrondo P. Síndromes ansiosas. In: Dalgalarrondo P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000:188 – 189.