Folhetos de saúde

Acidentes na Infância

© Equipe Editorial Bibliomed

Alguns fatos sobre os acidentes na infância.

Os acidentes domésticos figuram entre as principais causas de morte na infância, além de serem a origem de invalidez em inúmeras crianças. Estima-se que, para cada criança que morre, outras 900 podem sofrer seqüelas de todos os tipos, incluindo invalidez permanente.

Quais são as causas mais comuns dos acidentes infantis?

Os acidentes mais comuns envolvendo crianças são provocados por quedas, armas de fogo, afogamentos, engasgos, queimaduras, envenenamentos, sufocação e falta de segurança no transporte. Convém destacar que entre os acidentes infantis, a queda da cama ou do trocador de fraldas, por exemplo, figura entre as primeiras razões de morte acidental.

Os riscos de acidentes são os mesmos para todas as faixas etárias?

Não. Cada etapa da infância oferece seus riscos. Dados epidemiológicos demonstram que, na fase escolar, a criança desenvolve atividades independentes do seu círculo familiar, na escola, entre os amigos e praticando esportes, o que a expõe a maiores oportunidades de acidentes. Na seqüência, a segunda faixa etária mais atingida corresponde à etapa dos 2 aos 4 anos incompletos. Nesta idade, a criança caminha sozinha, sua curiosidade é inata ao seu desenvolvimento e o ambiente pode ser propício aos acidentes. Entre os 4 e 6 anos incompletos, correspondentes à fase pré-escolar, a criança dispõe-se a realizar tarefas ainda inadequadas ao seu desenvolvimento físico e intelectual, o que pode levar a acidentes.

O sexo da criança influencia nos acidentes?

De acordo com pesquisas, os meninos seriam mais propícios aos acidentes, mas, como representam pouco mais da metade dos acidentes infantis, há indícios de que novas tendências culturais estão mudando esta realidade, uma vez que cada vez mais as meninas estão também brincando mais com bolas, bicicletas e skates. Além disso, meninas se queimam muito, com a mania dos pais de deixarem que brinquem na cozinha

Onde normalmente ocorrem os acidentes?

Em 63,3% dos casos, os acidentes acontecem em casa. Um dado alarmante revelado por pesquisas é que em 62,3% na maioria dos casos atendidos em hospitais, o local em que se deram os acidentes envolvendo crianças foi sua própria casa ou a de parentes. Com um índice bem mais reduzido, a escola desponta como o segundo palco dos acidentes infantis: 15,7%, seguida da rua, onde ocorrem 11,1% dos casos.

É possível evitar os acidentes na infância?

Muitos dos acidentes que mutilam a infância - em especial as queimaduras, afogamentos, quedas, agressões, atropelamentos, envenenamentos, transporte inadequado, entre outros - poderiam ser evitados.

Como fazer para Prevenir os Acidentes Infantis

0 aos 6 meses

Dos 0 aos 6 meses, a criança precisa de proteção o tempo todo e os acidentes tendem a ocorrer mais freqüentemente quando ela adquire o hábito de se virar, engatinhar e pegar objetos.

7 aos 12 meses

As crianças nesta faixa etária já começam a engatinhar, ficam de pé e podem começar a caminhar. Eles põem tudo na boca. Deve-se ter cuidado, em especial, com os riscos de afogamento e de queimaduras, evitando-se a cozinha, considerada o local mais perigoso da casa

1 a 3 anos

Crianças de 1 a 2 anos são muito ativas e têm necessidade de investigar, escalando, abrindo portas e gavetas, retirando coisas de armários e brincando com água. Observar de perto as crianças desta idade é essencial para evitar acidentes. Elas necessitam de proteção, supervisão e disciplina firme.

3 a 5 anos

Com esta idade a criança explora a vizinhança, corre, escala, anda com velocípede, aprende a andar de bicicleta, brinca com outras crianças, atravessa a rua e esses movimentos precisam ser feitos sob atenta vigilância. Nesta fase as crianças sobem em árvores, ficam em pé em balanços, brincam com mais violência com os brinquedos, bolas pesadas, fósforos e isqueiros.

6 a 12 anos

Durante esta faixa etária, em que os filhos estão longe de casa, por vezes durante horas, disciplina e orientação são essenciais. A escola e grupos comunitários partilham de responsabilidade por sua segurança.

Fonte: Portal UOL Boa Saúde
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3964&ReturnCatID=1617