Exames de rotina

Periodicamente seu médico solicita alguns exames para que possa fazer uma análise mais completa de seu quadro de saúde.

Neste especial, Boa Saúde lista alguns dos principais exames médicos com ilustrações e informações para ajudá-lo a entender melhor esses procedimentos de rotina.

Os exames estão classificados em ordem alfabética (navegue através das letras iniciais abaixo):

Crioglobulinas - (4.03.08.01-4)

Material a ser analisado: coleta de sangue venoso para determinação dos níveis de crioglobulinas.

Tempo necessário para obter o material: 5 a 10 minutos.

Finalidade: a dosagem de crioglobulinas está indicada em todos os pacientes com Fenômeno de Raynaud de início recente, com ou sem lesões purpúricas ou vasculíticas nas extremidades. A Hepatite C crônica frequentemente está acompanhada de crioglobulinemia Tipo II e uma síndrome característica: a crioglobulinemia essencial mista, um fenômeno autoimune associado a artrite, ulcerações, glomerulonefrite e neuropatia. Pacientes com mieloma, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren e artrite reumatóide também apresentam risco para a síndrome.

Resultados: crioprecipitado Tipo I: encontrado em todas as imunoglobulinemias monoclonais; mieloma e linfoma. Crioprecipitado Tipo II: encontrado nas imunoglobulinemias monoclonais com atividade do fator reumatóide; mieloma, linfoma, colagenoses e infecções (p.ex.: hepatite viral tipo C). Crioprecipitado Tipo III: colagenoses, infecções.

Valores normais: uma quantidade bem discreta de crioglobulinas pode ser encontrada em indivíduos normais.

Segurança dos resultados: boa.

Fatores que podem alterar os resultados: as crioglobulinas são imunoglobulinas que se precipitam quando o plasma é resfriado. A temperatura em que isto ocorre determina sua associação com determinadas doenças. Se o sangue circula por uma determinada parte do corpo onde a temperatura está abaixo do limite crítico, então a proteína precipitará nos capilares causando obstrução, danos vasculares e eventualmente necrose. A temperatura das mãos é de aproximadamente 28ºC à temperatura ambiente. Para checar a presença de crioglobulinas, o sangue deve ser retirado utilizando-se uma seringa pré-aquecida e transportado até o laboratório mantendo-se uma temperatura constante de 37ºC. No laboratório, deve-se permitir que o sangue coagule a esta temperatura para então resfriar-se o plasma. As crioglobulinas formarão um precipitado com a queda da temperatura. Este precipitado será isolado e re-dissolvido para análise por eletroforese e imunofixação. Atenção: crioglobulinas não são o mesmo que crioaglutininas (estas, substâncias relacionadas à pneumonia por micoplasma).

Fontes:

- Manual de exames: Instituto de Patologia clinica Hermes Pardini 2003/2004

- A clínica e o laboratório - Alfonso Balcells Gorina, Medsi Editora 1996

- Henry: Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, 20th ed., 2001.