Sequenciamento genético de caramujo pode ajudar na prevenção da esquistossomose

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destaque_caramujoArtigo publicado na revista especializada Nature Communications, que teve participação direta da Fiocruz, apresentou o sequenciamento do genoma do glabrata, espécie de caramujo que é o principal e mais importante hospedeiro do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose.

A esquistossomose é uma doença causada pelo Schistosoma mansoni, parasita que tem no homem seu hospedeiro definitivo, mas que necessita de caramujos, como B. glabrata,como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo. Ela é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o segundo maior problema de saúde pública do mundo.

A transmissão da esquistossomose se dá liberação de seus ovos através das fezes do homem infectado. Em contato com a água, os ovos eclodem e penetram em caramujos, que libreram novas larvas cercarias, que penetram na pele ou mucosa humana, reiniciando o ciclo da dença.

A esquitossomose tem duas fases: aguda e crônica. Na primeira ocorrem vermelhidão e dermatites ou coceiras na pele, febre alta, inapetência, fraqueza, enjoo, vômitos, tosse, diarreia e rápido emagrecimento. Na fase crônica, a mais grave, os sintomas são o aumento do abdômen e de órgãos como fígado e baço, hemorragias ao defecar, fadiga, cólica, prisão de ventre, cirrose e o aparecimento de ínguas em diversas partes do corpo. Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 1,5 milhão de brasileiros estejam infectados pelo parasita, que se não tratado pode levar à morte.

A pesquisa, que teve duração de 15 anos, fornece uma descrição completa acerca das características do caramujo, incluindo informações relacionadas à estrutura física do molusco e ainda à forma como ele se comporta. Foram identificados 14.423 genes. De posse dessas informações, os pesquisadores esperam encontrar formas mais eficazes de controlar a proliferação do molusco infectado, diminuindo a incidência da doença.

Fonte: Fiocruz, 12 de junho de 2017

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