Histórico familiar de câncer de mama deve ser considerado no rastreio da doença em mulheres idosas

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Saúde da mulher

destaque_idosaMuitas mulheres acreditam que o risco de desenvolvimento de câncer de mama é maior entre os 40 e 50 anos, diminuindo quando se chega à terceira idade. Contudo, estudo do Georgetown University Medical Center, nos Estados Unidos, mostrou que aquelas com histórico familiar da doença, principalmente casos em parentes de primeiro grau, têm maior probabilidade de desenvolver a doença, independentemente da idade.

Os pesquisadores examinaram registros em mais de 400 mil mulheres incluídas em um registro de câncer de mama de 1996 a 2012. Eles analisaram a história familiar de câncer de mama entre mulheres com idades entre 65 e 74 e aquelas com 75 anos ou mais.

Em geral, histórico familiar da doença em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) leva a um aumento absoluto no risco de cinco anos de câncer de mama de 1,2 a 10,3 pontos percentuais. No entanto, o aumento real depende da idade e da densidade do tecido mamário. Por exemplo, o risco de cinco anos para o câncer de mama entre as mulheres de 65 a 74 com tecido mamário denso saltou de 15% entre aquelas sem história familiar da doença para quase 24% entre aqueles com parente próximo com câncer de mama. Foram encontradas probabilidades semelhantes nas mulheres de 75 anos ou mais com a mesma densidade mamária.

A American Cancer Society aconselha todas as mulheres saudáveis ​​entre 45 e 54 anos a realizarem uma mamografia anual. Após os 55 anos, caso a mulher esteja saudável e não tenha histórico familiar de câncer de mama, pode-se ampliar o tempo entre as mamografias para dois anos. Contudo, em mulheres com casos da doença na família, o exame deve continuar sendo feito anualmente.

Os resultados foram publicados na revista JAMA Internal Medicine.

Fonte: JAMA Internal Medicine, 12 de fevereiro de 2018.

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