Filtro solar não é suficiente para exposição prolongada no sol

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A estação do ano mais celebrada pelos brasileiros começou no último dia 21 e os cuidados com a pele precisam ser redobrados. Além da hidratação, estudos recentes advertem sobre a a exposição direta ao sol, em especial, para a a prevenção do fotoenvelhecimento e câncer de pele.

Segundo cientistas, a exposição à luz visível (considerada a radiação solar que enxergamos) também pode ser prejudicial à pele mesmo com o uso de bons protetores solares. Isso porque os filtros solares nos protegem contra radiação solar ultravioleta (UVA e UVB), mas não contra a radiação visível.

“Criou-se um mito de que a luz visível é segura, o que não é verdade”, afirma o Maurício Baptista, do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP). A constatação do cientista vem de estudos realizados no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), sediado no IQ.

Os experimentos realizados no instituto demonstraram que a melanina ao ser estimulada pela luz visível gerou moléculas altamente reativas que ocasionaram danos ao DNA das células. Esses resultados comprovariam que apenas o uso do filtro solar não seria seguro para pessoas que se expõem ao sol durante longos períodos.

Segundo o pesquisador, proteger a pele humana da exposição ao sol é uma questão complexa que envolve aspectos ainda pouco claros da interação entre a luz e o tecido.

“O ideal parece ser a velha receita de se expor ao sol por pouco tempo sem proteção externa, pois nesse caso obtemos os benefícios do sol, por exemplo, ativação da vitamina D, sem sofrermos os riscos que a exposição prolongada oferece, mesmo com utilização dos filtros solares atuais”, concluiu Baptista.

Fonte: Agência de Notícias USP. Publicado em 19/dezembro/2014.

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