Casamentos entre primos: existem riscos?

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Reza a lenda que primos não podem se casar, menos ainda ter filhos, porque as crianças correm risco de nascerem doentes. Mas, será que isso é mesmo verdade? Segundo pesquisadores da Universidade de Murdoch, na Austrália, os riscos à saúde de se casar com um primo têm sido exagerados pela sociedade.

Em alguns lugares do mundo a prática do casamento consanguíneo é proibida, como, por exemplo, em 31 dos 50 estados norte-americanos. No Brasil, a união entre primos é permitida, mas entre outros parentes, como tios e sobrinhos, é proibida por lei.

O geneticista Dr. Alan H. Bittles, que acaba de publicar um livro sobre o assunto, Consanguinity in Context (A consanguinidade em contexto, em tradução livre), diz que realmente existem chances de os filhos de primos herdarem doenças genéticas. Contudo, esse risco é de 3% a 4% maior do que no resto da população, e, mesmo assim, só se houver casos de anormalidades genéticas na família. “Para mais de 90% dos casamentos entre primos, o risco [de ter um filho com uma anomalia genética] é o mesmo da população em geral”, diz Dr. Bittles.

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