92% dos cânceres causados pelo HPV poderiam ser prevenidos pela vacina

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Saúde do adolescente

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que trabalha na proteção da saúde pública e da segurança da população, divulgou resultados de um estudo que mostra que 92% dos cânceres causados ​​pelo Papilomavírus humano (HPV), que incluem câncer de ânus, pênis, orofaringe, cérvix, vulva e vagina, poderiam ser prevenidos através da vacinação.

De acordo com o CDC, entre 2012 e 2016, foram reportados quase 44.000 casos de cânceres atribuíveis ao HPV, dois quais, aproximadamente 24,800 poderiam ter sido evitados se mais pessoas recebessem imunização conta o vírus. Cerca de 9.700 dos casos reportados foi câncer do colo do útero e 12.600 foi câncer de orofaringe, os dois tipos de câncer mais comuns atribuíveis ao HPV.

Existem mais de 150 tipos de HPV, que podem infectar pele, mucosas e outras partes do corpo. Infecções por HPV são frequentes, mas, geralmente transitórias e de regressão espontânea. Contudo, pelo menos 13 tipos são classificados como oncogênicos, ou seja, com potencial para causar câncer. A infecção pelo HPV pode dar-se pelo contato direto com área infectada, sendo a principal forma a sexual. A maioria das infecções por HPV é assintomática, por isso a importância da realização de exames para sua detecção e, principalmente, sua prevenção.

No Brasil, a vacina contra o HPV é oferecida de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas com idade entre nove e 14 anos, e meninos entre 11 e 14 anos. São necessárias duas doses para imunização correta, sendo que a segunda deve ser tomada seis meses após a primeira. O ideal é que a vacinação ocorra antes do início da vida sexual do adolescente, já que a vacina é profilática, e não terapêutica.

Fonte: Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR). 2019/68(33);724–728.

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