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Meningite

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo:

- Existem fatores de risco?
- Como a doença é diagnosticada?
- Como é realizado o tratamento?
- Referências Bibliográficas

O termo "meningite" se refere à inflamação das membranas que envolvem o cérebro (meninges). Esta é uma doença muito grave. A maioria dos casos está relacionada à infecção das meninges por uma bactéria chamada Meningococo (Neisseria meningitidis), mas a meningite também pode ser causada por fungos e vírus.

Se você suspeita que você ou alguém que você conhece está apresentando sinais ou sintomas sugestivos de meningite, procure avaliação médica o mais rápido possível. O tratamento precoce é essencial para evitar as graves complicações associadas à doença.

Meningite: sintomas mais comuns

• Febre muito alta (38,9 graus ou mais).
• Dor e rigidez na nuca.
• Prostração.
• Dor de cabeça.
• Irritabilidade que piora com a claridade.
• Dores nas pernas.
• Mãos e pés muito frios.
• Pintas vermelhas por todo o corpo.

• Vômitos.
• Vertigens e confusão mental.
• Choro constante.
• Sonolência ou irritabilidade excessiva.
• Palidez.
• A ausência de sintomas específicos em crianças com menos de 2 anos pode resultar em atraso no diagnóstico, com graves conseqüências.

Existem fatores de risco?

Algumas pessoas possuem um risco aumentado para desenvolver meningite. Veja abaixo:

Idade: a maioria dos casos de meningite por vírus ocorre em crianças com menos de 5 anos de idade.

Viver em locais aglomerados: escolas com excesso de alunos por sala de aula e salas de aula mal ventiladas aumentam o risco. O princípio pode ser aplicado a certos ambientes de trabalho. Pessoas que utilizam dormitórios comuns (p.ex.: militares, creches) também apresentam um risco maior.

Gravidez: a gestação aumenta o risco de listeriose, uma infecção bacteriana que também pode causar meningite.

Pessoas que trabalham com animais: pessoas que lidam diariamente com animais domésticos (p.ex.: fazendeiros, granjeiros, etc.) apresentam um risco maior de contrair listeriose.

Pessoas com deficiência da imunidade: portadores de AIDS, diabetes, que tiveram o baço retirado cirurgicamente ou que estão em uso de medicamentos que diminuem a capacidade de defesa do organismo são mais suscetíveis para desenvolver meningite.

Como a doença é diagnosticada?

Havendo a suspeita de meningite a partir dos sinais e sintomas, é necessário realizar alguns exames para determinar a presença da doença e qual tipo de meningite (bacteriana, tuberculósica, fúngica, viral, etc.) está ocorrendo.

O exame mais importante é a punção lombar para coleta de líquor (ou líquido cérebro-espinhal). Através da análise do líquor, o médico será capaz de determinar a causa da meningite e definir o tratamento mais adequado. Apesar de levemente desconfortável, o procedimento é rápido e muito tolerado na maioria dos casos.

Outros exames, como radiografias, tomografias e ressonância nuclear magnética, podem ser solicitados de acordo com a necessidade de avaliar o estágio da doença e excluir a possibilidade de outras moléstias.

Como é realizado o tratamento?

O tratamento varia de acordo com a causa, mas na imensa maioria dos casos deve ser feito em regime hospitalar.

Nos casos de meningite bacteriana, são empregados antibióticos potentes. Na meningite viral, os antibióticos não fazem efeito e o tratamento é feito, basicamente, com medidas de suporte intensivo. Algumas pessoas com meningite viral podem se beneficiar do uso de antivirais específicos.

Meningite: aprenda a evitar

• Mantenha o esquema de vacinação em ordem.
• Lave as mãos com frequência, especialmente antes das refeições.
• Siga uma dieta saudável, rica em frutas frescas, legumes, verduras e cereais integrais.
• Beba bastante líquido.

• Ambientes fechados são um terreno fértil para a proliferação dos mais diversos microorganismos, especialmente Meningococos. Mantenha os ambientes arejados.
• Oriente a criança para não espremer espinhas ou qualquer outro machucado na face.

Referências Bibliográficas

1. Tunkel AR, Hartman BJ, Kaplan SL, Kaufman BA, Roos KL, Scheld WM, Whitley RJ. Practice guidelines for the management of bacterial meningitis. Clin Infect Dis 2004 Nov 1;39(9):1267-84.

2. McCracken GH, Sande MA, Lentnek A, Whitley RJ, Scheld WM. Evaluation of new anti-infective drugs for the treatment of acute bacterial meningitis. Infectious Diseases Society of America and the Food and Drug Administration. Clin Infect Dis. 1992 Nov;15 Suppl 1:S182-8.

3. Chaudhuri A, Martinez-Martin P, Kennedy PG, Andrew Seaton R, Portegies P, Bojar M, Steiner I, EFNS Task Force. EFNS guideline on the management of community-acquired bacterial meningitis: report of an EFNS Task Force on acute bacterial meningitis in older children and adults. Eur J Neurol 2008 Jul;15(7):649-59.

Copyright © 2012 Bibliomed, 05 de maio de 2012