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Câncer de pele no Brasil

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo:

- Quais são os tipos de câncer de pele existentes?
- Quem corre mais risco de ter um câncer de pele?
-
Quais os métodos de prevenção existentes?

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele é o câncer de maior incidência no Brasil, e está diretamente relacionado à exposição ao sol. Dois fatos contribuem para essa incidência: (1) o brasileiro não foi educado para se proteger da luz solar; e (2) os raios solares chegam à Terra cada vez com maior intensidade, devido à destruição da camada de ozônio. Na Austrália, por exemplo, o câncer de pele é o tumor que mais mata e já se transformou num caso de calamidade pública.

Outro dado importante sobre o câncer de pele é que, ao contrário do que muita gente pensa, cada vez mais jovens de ambos os sexos, estão sendo acometidos pela doença, devido ao excesso de exposição ao sol e a hábitos que não incluem a proteção. O efeito da radiação é extremamente nocivo e, por isso, a proteção deve ser feita durante toda a vida, desde a infância. A "quantidade de sol", o tempo e o horário de exposição influenciam diretamente no desenvolvimento da doença

Embora as chances de cura do câncer de pele sejam altas, existe um tipo que causa preocupação entre os médicos: o melanoma, que é um tipo mais raro e não tem cura se não for descoberto precocemente.

Quais são os tipos de câncer de pele existentes?

Existem três formas de câncer de pele, que são as seguintes:

  1. Carcinoma basocelular:

É o tipo menos grave e também o mais freqüente, sendo responsável por 70% dos casos. É mais comum em pessoas de pele clara e com idade acima dos 40 anos. Relaciona-se à exposição solar acumulada durante toda a vida. Apesar de não causar metástase, ou seja, disseminação para outros locais, esse tumor pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo cartilagens e ossos. Normalmente, aparece na forma de uma mancha na pele.

2) Carcinoma espinocelular:

É o segundo tipo mais comum. Pode disseminar-se por meio dos gânglios ("ínguas"), provocando metástase. Geralmente aparece na forma de um nódulo. Os fatores que favorecem o seu desenvolvimento são: exposição solar sem proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas como arsênio e alcatrão e depressão do funcionamento do sistema imunológico.

3) Melanoma:

Surge, geralmente, como uma pinta escura que vai se deformando, e apresenta alto potencial de metástase. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Uma vez que surgem as metástases, não há mais chance de cura.

O câncer de pele costuma desenvolver-se nas áreas expostas ao sol, porém, em indivíduos de pele negra, pode apresentar-se em regiões não-expostas (como a sola dos pés, região genital, tronco, entre outras).

Embora nos dois primeiros tipos, o índice de mortalidade seja muito baixo, as estatísticas de óbito, quando o assunto é o melanoma, assustam. Ele mata quase 100% das pessoas que não o descobrem precocemente.

Quem corre mais risco de ter um câncer de pele?

Os indivíduos de maior risco para o desenvolvimento do câncer de pele são os seguintes:

  • Pessoas de pele e olhos claros;
  • Pessoas que apresentam muitas pintas e sardas pelo corpo;
  • História familiar de câncer de pele;
  • Indivíduos que se expõem continuamente à luz solar, seja devido ao trabalho ou por diversão.

Quais os métodos de prevenção existentes?

As principais recomendações para prevenir a ocorrência do câncer de pele são:

  • Evitar exposição prolongada ao sol, especialmente no horário compreendido entre dez horas da manhã e quatro horas da tarde;
  • Utilizar sempre o protetor solar, porém devemos lembrar que só o protetor solar não adianta. O que acontece é que, muitas vezes a pessoa utiliza o produto e acha que está protegida durante todo o dia. É importante efetuar nova aplicação, a intervalos regulares de tempo;
  • Vale lembrar que ainda não existe comprovação, de que o protetor solar, protege contra o desenvolvimento de melanoma, apenas dos carcinomas. Por isso, evitar a exposição ao sol é tão importante;
  • Quem trabalha exposto ao sol deve permanecer devidamente vestido (com roupas escuras de preferência) e utilizar chapéus;
  • Tomar cuidado na praia, pois ficar sob a sombrinha não evita a radiação, já que a mesma é refletida pela areia;
  • Fique de olho na sua pele, e faça um auto-exame a cada três meses. Se necessário, peça ajuda a outra pessoa. A qualquer sinal de alteração, como surgimento de manchas ou nódulos e mudanças nas características de uma mancha já existente, procure um médico.

Copyright © Bibliomed, Inc. 22 de novembro de 2013.