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Qual a idade do seu Coração?

Neste Artigo:

- Introdução
- Shape of the Nations 2006
- Risco de doenças cardíacas e diabetes tipo 2
- Onde descobrir a idade do seu coração?

Introdução

Você com certeza sabe bem a sua idade, mas tem idéia da idade do seu coração?

É isso mesmo, seu coração tem uma idade diferente de você e não estamos falando de amores, bem ou mal sucedidos, e sim de como este grande companheiro é tratado.

Para se atualizar, saiba que não se fala mais em risco cardíaco. Hoje em dia o termo usado, para definir o risco de uma pessoa desenvolver um problema cardíaco, é chamado risco metabólico.

O risco metabólico compreende 5 medidas, que em conjunto, definirão o risco de você contrair no futuro determinadas doenças. São elas:

• Medida da obesidade abdominal
• Taxa de glicose no sangue
• Taxa de colesterol bom e ruim
• Taxa de triglicérides no sangue
• Medida da pressão arterial.

Essas 5 medidas irão definir a presença ou não da síndrome metabólica e também as providencias que deverão ser tomadas para seu controle, e que irão prevenir o aparecimento de doenças cardíacas e de diabetes tipo 2.

Mas como podemos medir a idade do coração?

Um exemplo que ajuda a compreender a medida da idade do coração é o seguinte:

Suponhamos o caso de um homem de 40 anos, com uma historia familiar de doença cardíaca, fumante, jogador de pelada nos fins de semana, adepto de uma cervejinha ocasional, pressão arterial de 140/80, medida de cintura abdominal de 96 cm, HDL colesterol de 35 e LDL colesterol de160 e colesterol total de 220. Este homem, embora cronologicamente tenha 40 anos, tem um coração de 73. Especialistas americanos, preocupados com a situação, definem que um ano à mais, da idade cronologia, já é importante para definir se um paciente vai desenvolver uma doença cardiovascular ou diabetes.

O dado novo, que muita gente não dava atenção, inclusive os próprios médicos, é a obesidade abdominal. Não basta estar acima do peso, coisa que já não é boa, mas a medida da cintura abdominal, na altura do umbigo, acima de 80 para mulheres e acima de 94 para os homens, já é um fator indicativo de que você pode estar entrando no quadro de Síndrome Metabólica. Aproximadamente 15% dos médicos acham que a vida sedentária e a obesidade abdominal são fatores difíceis de controlar, só perdendo para o fumo, que está em primeiro lugar.

Além da dificuldade existente em controlar a obesidade, talvez o mais difícil seja a evitar o ganho de peso nos anos seguintes. 80% dos pacientes que perdem peso, recuperam seu peso no ano seguinte.

Estudos feitos com macacos Rhesus, que são os mais parecidos a nós, humanos, mostraram que as gorduras trans (aquela usada para deixar a batata frita bem sequinha e os tira gostos que acompanham a cervejinha, bem crocantes), são as mais venenosas, as que realmente "grudam" no individuo, e as mais perigosas para aumentar a idade do "que está dentro do peito".

Segundo os especialistas em obesidade, como o Dr. Henrique Suplicy, presidente da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da síndrome metabólica), "não existem dietas milagrosas, como a dieta do grupo sanguineo, dieta de Beverly Hills, e outras que dão volta por aí". Segundo o Dr Suplicy, somente dentro da internet, existem mais de 7000 livros de dietas, cada um com mais promessas que o outro.

Shape of the Nations 2006

O estudo que envolveu 11.353 pessoas, em 27 paises, entre eles o Brasil, mostrou que poucas pessoas entendem o termo "risco cardiometabólico global". A pesquisa deixa claro ser necessária uma maior conscientização por parte dos médicos e da população em geral, quanto aos fatores de risco cardiometabólico.

No Brasil foram ouvidas 202 pessoas, entre 18 e 65 anos. Os resultados mostraram se preocupantes, como por exemplo, apenas 66% da população geral conhecia sua pressão arterial, 88% não sabiam sua taxa de glicose sanguínea e 90% não tinham idéia do valor de seu colesterol.

A obesidade abdominal está emergindo como uma importante condição, para o agravamento do risco cardiometabólico na população geral. Pacientes com doenças cardiovasculares freqüentemente apresentam obesidade abdominal. A cada 16 anos de incremento na idade, triplica a probabilidade de um adulto apresentar doenças cardiovasculares; por outro lado a cada aumento de 14 cm na circunferência abdominal dos homens e 14,9 com na circunferência abdominal das mulheres, a probabilidade de doenças cardiovasculares aumenta entre 21 e 40%.

Risco de doenças cardíacas e diabetes tipo 2

A Organização Mundial de Saúde estima que aproximadamente 17,5 milhões de pessoas morram por anos em decorrência de doenças cardiovasculares (cerca de 1/3 do total de óbitos).

Os últimos levantamentos realizados pelo Ministério da Saúde em 2004, mostraram que o infarto e o derrame, são as principais causas de óbitos no país. O acidente vascular cerebral (derrame) é a principal causa de morte dos brasileiros, com 90.930 óbitos, superando o infarto agudo do miocárdio, que registrou 65.482 óbitos.

Já o diabetes é considerado no Brasil, um problema de saúde publica. Calcula se que existam atualmente 10 milhões de portadores de diabetes no País.

Em média, as pessoas com diabetes morrem 5 a 10 anos antes, que as pessoas sem diabetes. Grande parte desta mortalidade excessiva é devida a doenças cardiovasculares.

Onde descobrir a idade do seu coração?

Sites em português, dirigidos á população em geral, não existem. Mas se você tiver um pouco de conhecimento de inglês, pode acessar o site http://heartage.com/ e aí descobrir quantos anos ele tem.

 

Copyright © Bibliomed, Inc. 25 de Setembro de 2013