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Dispositivo Intrauterino (DIU)

Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- DIU de cobre
- DIU Hormonal

Introdução

Entre os diferentes métodos contraceptivos disponíveis está o Dispositivo Intrauterino (DIU). Consiste em um pequeno dispositivo em forma de T que é inserido no útero e, dependendo do modelo, pode ficar até dez anos no organismo feminino.

Ele é considerado como um dos contraceptivos mais eficazes, seus índices de falha ficam entre 0,2% e 0,8%. Para se ter uma ideia, as pílulas têm índice de falha em torno de 9%. Apesar das vantagens, ainda não é o método preferido da maioria das brasileiras, e muito pelo desconhecimento acerca dele.

São dois os tipos mais comuns de DIU: DIU de cobre, que pode ser utilizado por até dez anos, e tem ação espermaticida, isto é, destrói os espermatozoides, impedindo sua penetração no útero; e o Sistema intrauterino (SIU), também conhecido como DIU Hormonal, que libera a progesterona no útero gradualmente, por até cinco anos. Esse hormônio altera a secreção do colo uterino impedindo e dificultando a penetração dos espermatozoides.

O mais interessante no uso do DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, é que, apesar de ser um método de longa duração, ele é reversível, ou seja, caso a mulher resolva engravidar, ele pode ser retirado a qualquer momento sem prejuízo para a fertilidade pré-existente.

Por outro lado, nenhum dos dois métodos (DIU ou SIU) é eficaz contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Por isso, o uso desses métodos não excluí a necessidade da camisinha.

DIU de cobre

O DIU de cobre funciona liberando íons de cobre dentro do útero. Esses íons imobilizam o esperma e dificultam sua motilidade no útero. É importante destacar que o DIU não impede a ovulação, mas, caso ocorra a fecundação, ele evita que o óvulo de implante na parede uterina, o que descarta a possibilidade de uma gestação.

Usa inserção é feita por um profissional treinado e ele pode permanecer no útero por até dez anos, conforme o tipo escolhido, ou até que a paciente decida retirá-lo. Ele pode ser implantado em qualquer fase da vida fértil da mulher, desde a adolescência até a menopausa.

O DIU de cobre é bastante eficaz, mas não é um método adequado para todas as mulheres. Por isso, é fundamental discutir com um profissional de saúde antes de decidir implantá-lo.

O DIU de cobre não contém hormônios, sendo uma alternativa para mulheres cujo o uso do hormônio estrógeno é contraindicado. Além disso, ele pode ser usado durante a amamentação e tem taxa de eficácia que chega a 99%.

Por outro lado, ele pode causar efeitos adversos que incluem cólicas, aumento do sangramento e ciclos irregulares e mais intensos, e, em alguns casos raros, causar dores de cabeça e infecção ou perfuração uterina.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente o DIU de cobre. A mulher que deseja adotar o DIU de cobre como método contraceptivo deve buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e se consultar com um ginecologista. O profissional, então, deverá informar a paciente sobre os prós e contras e provavelmente indicar a participação em um grupo de planejamento familiar. A participação não é obrigatória, mas é interessante para conhecer as opções disponíveis. Para inserção do DIU de cobre é necessária a realização de um exame preventivo (papanicolau) e ultrassom, além de exame que comprove que a mulher não está grávida. Após a inserção, é preciso que a paciente retorne para acompanhamento.

DIU Hormonal

O Sistema Intrauterino (SIU) é popularmente conhecido como DIU Hormonal. Ele é uma pequena peça em formato de T que, inserida no útero, libera baixas doses do hormônio progesterona gradualmente, causando o espessamento da secreção do colo uterino, impedindo e dificultando a penetração dos espermatozoides. Além disso, ele afina a parede do útero, o que dificulta a fixação do óvulo, caso ocorra a fecundação. Com eficácia de até 99%, é considerado um dos métodos mais seguros disponíveis no mercado.

Como ocorre com o DIU de cobre, o SIU não é recomendado para todas as mulheres, o que evidencia a importância de conversar com um profissional da área de saúde antes de tomar a decisão de adota-lo. Ele pode permanecer no organismo por até cinco anos, mas pode ser retirado antes a pedido da mulher.

Ele pode causar sangramentos leves e irregulares nos primeiros meses de uso, além de sintomas como dores de cabeça, sensibilidade e acne, além de cólicas e sangramento irregular. Algumas mulheres apresentam diminuição do fluxo menstrual e outras param de menstruar com o uso do SIU. Assim como ocorre com o DIU de cobre, o SIU pode ser usado durante a amamentação e em qualquer fase da vida reprodutiva da mulher e não afeta a fertilidade após a retirada.

O SIU não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas alguns planos de saúde oferecem e alguns profissionais o colocam de forma particular. Por isso, é importante que a mulher consulte seu médico e confira junto ao seu plano de saúde se esse contempla a inserção do SIU em sua cobertura.

Assim como o DIU de cobre, para a inserção do SIU é preciso a realização de exames preventivos de Papanicolau, ultrassom e exame de gravidez.

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