Artigos de saúde
As intoxicações constituem problemas
médicos mais freqüentes nos atendimentos de urgência. Atingem principalmente os
adolescentes, os adultos jovens e crianças. Mesmo os quadros mais graves, um atendimento
rápido pode salvar vidas e evitar complicações.
As intoxicações podem acontecer por contato, inalação, contato ou ingestão e por uso
indevido de medicamentos e agrotóxico, alimentos mal conservados ou contaminados,
contatos coma animais peçonhentos, plantas tóxicas, etc.
Os envenenamentos podem ser acidentais ou propositais, Dentre os acidentais, os mais
freqüentes são os profissionais, isto é, aqueles relacionados à exposição a
substâncias potencialmente tóxicas usadas no serviço, como, agrotóxicos, material de
limpeza. Os propositais são os em decorrência de tentativas de auto-extermínio ou
assassinatos. As tentativas de auto-extermínio constituem a causa mais freqüente e
geralmente acontecem com uso abusivo de medicamentos. Este tipo de paciente, após ser
liberado do atendimento médico, deve ser encaminhado ao serviço de psicologia, pois sem
este tipo de tratamento aumenta-se o risco de novas tentativas. É importante lembrar o
número cada vez mais freqüente de intoxicações por drogas como cocaína, crack e
outros alucinógenos e anfetaminas, levam a quadros graves e às vezes fatais.
Os sintomas são tão variados quanto à vasta gama de produtos que podem causar
intoxicações. Os mais comuns são as alterações do estado de consciência (agitação,
sonolência, e até coma), sintomas gastrintestinais (vômitos, náuseas, dor abdominal),
lesões de pelo (vermelhidão, prurido), tremores, dificuldade respiratória, arritmias
cardíacas, etc.
Cuidados
Na maioria das vezes o próprio paciente relata a exposição a alguma substância,
mas no caso de crianças muito pequenas e adultos comatosos, o médico pode ter
dificuldade em fazer o diagnóstico. É importante salientar que os quadros podem ser
muito graves e cabe aos familiares e amigos levar ao médico o maior número de
informações quanto à existência de substâncias tóxicas em casa ou no trabalho, seu
estado emocional antes da intoxicação, presença de medicamentos em casa, uso prévio de
medicamentos parte dos pacientes, caixas vazias de medicamentos, cheiro de agrotóxicos ou
de outras substâncias no local onde se encontrava o paciente.
As intoxicações por produtos de uso domiciliar vêm aumentando devido ao número
crescente de novos produtos introduzidos no mercado, sempre com embalagens atrativas
fazendo que o consumidor perca a referência da substância tóxica. Também a indústria
farmacêutica procura cada vez mais melhorar o aspecto e o sabor dos remédios para
facilitar a adesão ao tratamento, mas por outro lado propicia o maior número de
intoxicações acidentais na infância.
Crianças
A intoxicação em crianças menores de um ano ocorre, por descuido dos pais ou
responsáveis na administração de medicamentos, já que nesta idade, a criança não tem
desenvoltura para andar, pegar o vidro de remédio, abrir a tampa e tomar o medicamento.
As intoxicações em crianças maiores de um ano ocorre freqüentemente através de
produtos domiciliares, já que elas estão se locomovendo com desenvoltura. Produtos como
álcool, querosene, detergentes e desinfetantes são guardados, quase sempre de maneira
incorreta, como em recipientes mal fechados ou em garrafas de refrigerante, etc. Em caso
de qualquer suspeita, a primeira medida é entrar em contato com um serviço médico. Hoje
vários laboratórios e centros de toxicologia possuem profissionais especializados na
área.
Prevenção
Algumas medidas podem contribuir para prevenção. São elas: guardar todas as drogas
tóxicas e substâncias químicas fora do alcance das crianças, guardar todas as
substâncias em seus recipientes originais, nunca oferecer medicamentos de sabor
agradável como se fossem guloseimas, não pegar nem oferecer remédios no escuro e
observar bem o remédio e seu rótulo antes de usá-lo, eliminar o remédio fora de uso,
ler as instruções de qualquer produto químico antes de usar, guardar inseticidas em
armários com chaves, não abandonar soluções de limpeza em lugares baixos, eliminar
plantas tóxicas dos jardins ou vasos, usar equipamentos de proteção ao manipular
substâncias tóxicas, não consumir alimentos com prazo de validade vencido ou embalagens
em mau estado de conservação, valorizar tentativas de auto-extermínio providenciando
acompanhamento especializado e relatar sempre ao médico os casos de alergia com
medicamentos, entre outros.
Copyright © 2000 eHealth Latin America
Veja também