Não há dúvida de que a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) seja hoje o método de eleição para o tratamento da litíase vesicular.

A CVL, que carrega em sua história um lustro, não necessita mais de sensacionalismo algum. Tem chancela de cirurgiões especializados e, muito mais do que isso, do próprio doente na busca de um pós-operatório menos doloroso, no clamor de um menor sofrimento e na preservação da inviolabilidade da pele.

Essa operação conseguiu ser comparada com sua homônima aberta, cuja existência data de mais de um século, demonstrando, assim, que veio para ficar, e aqueles que ainda colocam suspeita sobre a CVI perderam o trem da história.

A CVL não refere nenhuma regra estabelecida na cirurgia da via biliar. Mantém a permeabilidade longitudinal, a hermeticidade parietal, evita a litogênese, mantendo a virgindade bacteriológica da via biliar.

Seguindo esses princípios, passou pelo crivo científico e ganhou notoriedade nesse curto espaço de tempo. É claro que o impulso industrial tem saturado a sociedade cirúrgica com novos e custosos instrumentos, cada vez mais perfeitos, tornando o procedimento mais singelo.

Fonte: Condutas em Cirúrgia Hepatobiliopancreática - 1ª Edição - 1995.

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