Artigos de saúde

Degeneração Macular

Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- Sintomas
- Tratamento
- Prevenção


Introdução

Com o passar dos anos, é comum apresentar alterações nas visão. Alguns desses problemas são simples, e podem ser resolvidos com tratamentos simples. Outros, no entranto, precisam de mais atenção e cuidados específicos, pois podem colocar a visão em risco. É o caso da degeneração macular, uma condição médica que provoca perda de visão no centro do campo visual (a mácula), devido a danos na retina.

A retina é uma fina camada de células nervosas que reveste a parte interna do olho. (Veja figura 1). Ela é responsável pela formação da imagem, funcionando como o filme de uma câmera fotográfica. A mácula é a parte central e mais sensível da retina, e mede de 2 a 3mm, sendo a responsável pela visão para leitura, proporcinando uma visão nítida, detalhada e em cores. A parte periférica da retina é responsável pelas visões noturna e lateral.

A degeneração macular é uma doença em que o afinamento e rompimento da retina prejudicam o funcionamento da mácula. Ela ocorre, na maioria dos casos, na terceira idade, sendo por isso frequentemente chamada degeneração macular relacionada à idade, ou degeneração macular senil. Entretanto, a doença pode também decorrer de fatos hereditários e, neste caso, é então chamado degeneração macular juvenil. A doença pode, ainda, decorrer de ferimentos, infecções e inflamações dos olhos.

Mais de 80% dos casos de degeneração macular senil são de modalidade atrófica ou seca, que evolui lentamente e muitas vezes causa apenas perda parcial da visão. Os casos restantes são da modalidade: exsudativa ou úmida. Estes, embora totalizem uma porcentagem muito menor, representam um perigo muito maior para a visão. A doença é mais frequente entre as pessoas de origem europeia ou entre as que têm olhos de cor clara e, embora não se saiba todas as suas causas, está provavelmente relacionado com a exposição à luz solar ao longo da vida.

Sintomas

Um dos sintomas da degeneração macular é o embaçamento da visão central, interferindo na leitura e em outras atividades que exijam visão em detalhe. O paciente vê, por exemplo, o rosto de uma pessoa que esteja próxima sem conseguir ver os detalhes dos olhos ou da boca. Outros sintomas são a distorção no centro de uma paisagem ou das linhas  no centro da visão, o esmaecimento das cores, a percepção de uma área escura ou vazia no centro da visão e a alteração do tamanho dos objetos em relação ao olho sadio. (Veja figura 2)

Como, na maioria dos casos, a degeneração macular afeta um olho de cada vez, a pessoa só nota o problema quando começa a perceber algum dos sintomas apresentados. Entretanto, o oftalmologista pode detectar a degeneração macular no estágio inicial durante uma consulta de rotina. Se, ao examinar o fundo do olho, o oftalmologista notar indícios da degeneração macular, ele poderá realizar os seguintes exames adicionais:

• Campimetria, um teste que possibilita mapear o campo visual do paciente. O mapa obtido permite a identificação de alterações visuais causadas pelo glaucoma ou pela degeneração macular.

• Angiofluoresceinografia, exame em que por meio de um contraste injetável ministrado ao paciente torna-se possível identificar anormalidades na retina e realizar fotografias que ajudarão a indicar a melhor possibilidade de  tratamento.

• Teste da grade de Amsler e teste da visão em cores , usados por alguns oftalmologistas, para monitoramento da visão central e da visão em cores, respectivamente.

Tratamento

Por ser uma doença sem cura, muitas pesquisas dedicam-se a encontrar formas de controle da doença.

Entre os tratamentos disponíveis utilizados para a degeneração macular senil está o uso de medicamentos anti-angiogênicos (anti-VEGF) via injeção intraitrea.

Prevenção

A degeneração macular não causa cegueira total  pois, geralmente, a retina periférica não é afetada. Mas, ela pode causar uma visão subnormal, um problema em que os óculos comuns não são capazes de proporcionar visão  nítida. Contudo, se detectada precocemente, a doença pode ser tratada. Por isso, é fundamental consultar regularmente um oftalmologista, especialmente aquelas pessoas com histórico familiar de problemas na retina ou se apresentar problemas com a visão central, como alteração da forma de objetos ou imagens, ou perda de cor da visão. O diagnóstico da doença no estágio inicial possibilitará ao oftalmologista prescrever tratamento que previna dano adicional à visão e/ou indicar dispositivos ópticos para visão subnormal que ajudarão você a fazer melhor uso possível da visão restante. ( Veja figura 3).

Adotar hábitos de vida saudáveis, como a prática de atividades físicas, controle do peso, alimentação saudável, e cessação do tabagismo, ajudam na prevenção dessa e de outras doenças.

Copyright © 2019 Bibliomed, Inc. 14 de agosto de 2019