Artigos de saúde

Surdez e deficiência auditiva

© Equipe Editorial Bibliomed

- Introdução
- Causas
- Sintomas e diagnóstico
- Tratamento
- Referências

Introdução

A surdez e a deficiência auditiva atingem aproximadamente 20 milhões de brasileiros. Esta é uma condição que pode trazer problemas emocionais, psicológicos, dificuldades de aprendizado e profissionais.

Apesar de os termos surdez e deficiência auditiva serem utilizados como sinônimos na maioria das vezes, essas são condições diferentes. Surdez é caracterizada por uma origem congênita, ou seja, a pessoa não tem capacidade e ouvir nenhum som, o que prejudica significativamente a aquisição de linguagem e desenvolvimento da comunicação. A deficiência auditiva, por sua vez, é uma perda adquirida, ou seja, a pessoa nasce com a capacidade de ouvir, mas a perde ao longo da vida por doença ou maus hábitos. No caso de deficiência auditiva, a pessoa pode ter sua capacidade de ouvir melhorada através de cirurgia ou uso de aparelhos auditivos.

Causas

Causas Genéticas

  • Defeitos moleculares ou estruturais no DNA
  • Síndrome de Gernet
  • Síndrome de Winter
  • Síndrome de Rosenberg
  • Síndrome de Turner
  • Síndrome de Klinefelter
  • Síndrome de Miller
  • Síndrome de Townes-Brocks
  • Síndrome de Bixler

Causas Pré-natais

  • Infecções congênitas (citomegalovirose, herpes, rubéola, sífilis, toxoplasmose, varicela)
  • Exposição a teratógenos (álcool, cocaína, talidomida)

Causas Perinatais

  • Prematuridade
  • Baixo peso ao nascimento
  • Anoxia durante o parto
  • Hiperbilirrubinemia
  • Sepse

Causas Pós-natais

  • Meningite
  • Caxumba
  • Uso de medicamentos ototóxicos (aminoglicosídeos, furosemida)
  • Otite média
  • Trauma craniano
  • Ruído excessivo
  • Acidente Vascular Cerebral
  • Traumatismo cranioencefálico
  • Tumores

Sintomas e diagnóstico

O principal sintoma da deficiência auditiva é a diminuição da capacidade de percepção dos sons. A identificação da perda de audição é feita através de um aparelho chamado audiômetro, que mede os níveis de audição em decibéis e permite sua classificação em graus:

Leve: até 40 dB

Dificuldades para compreender conversas e póde pedir para que a frase seja repetida com frequência. Os sons das vogais são comumente ouvidos, e consoantes como F, S, P, T e K podem ficar inaudíveis.

Moderada: entre 40 dB e 70 dB

A pessoa tem dificuldade em ouvir praticamente todos os sons em nível de voz natural. Apenas sons mais fortes são audíveis.

Severa: entre 70 dB e 90 dB

A pessoa não consegue ouvir nenhum som de fala em nível de conversação natural e poucos outros sons são entendidos.

Profunda: mais de 90 dB

Neste nível, a pessoa não consegue entender nenhum som, com exceção daqueles extremos, como serras-elétricas, motocicletas e helicópteros.

Tratamento

O tratamento da surdez ou deficiência auditiva varia conforme a causa e o grau. O uso de aparelhos auditivos é o tratamento comumente adotado, sendo o tipo de aparelho indicado pelo profissional após análise de cada caso individualmente.

Em casos de crianças que nascem surdas, o acompanhamento médico, pedagógico, fonoaudiológico e psicológico é imprescindível. Implantes cocleares, conhecidos como ouvidos biônicos, podem ser considerados em casos de surdez congênita ou repentina. O dispositivo funciona substituindo parcialmente a cóclea (parte auditiva do ouvido interno que transforma a vibração do som em sinais elétricos encaminhados ao cérebro, onde serão "traduzidos" nos sons como os conhecemos).

Referências

- Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial
- Bibliomed
- Ministério da Saúde
- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
- Fundação Otorrinolaringologia

Copyright © 2017 Bibliomed, Inc. 08 de novembro de 2017